A Festa da Insignificância


Publicado em 19 de junho de 2015

Hoje quero indicar um livro que gostei muito: “A Festa da Insignificância”, do Milan Kundera, meu autor preferido. Se você gosta de romances com fundo histórico real, vale muito a pena ler.

Kundera é um escritor incrível. Seus livros falam de liberdade, escolhas, renúncia e amor de forma única. Sua obra mais conhecida é “A Insustentável Leveza do Ser” (1984), adaptada para o cinema em 88 por Philip Kaufman, com Daniel Day-Lewis e Juliette Binoche no elenco. Mas não é a única imperdível. Entre as opções, há “A Brincadeira” (1967), “Risíveis Amores” (1969) e “O Livro do Riso e do Esquecimento” (1978).

Seu novo livro chegou faz pouco tempo. O romance aborda a vida de um círculo de pessoas vivendo em Paris. Alain, o primeiro personagem que aparece, reflete sobre a última moda: calça feminina de cintura baixa, o que o leva a pensar sobre o erotismo do umbigo à mostra (uma analogia ao individualismo).

A obra também aborda a época comunista de Stálin e sua personalidade, além de nossa insignificância diante da história. Kundera, como sempre, costura bem passado e presente, nesse caso a União Soviética e a Paris de hoje, traçando um paralelo entre as épocas. Sobre isso, gosto de uma frase sua, não presente no livro: “A vida ordinária de pessoas comuns e a vida extraordinária da história”.

O legal em Kundera é que ele busca descobrir seus personagens, como se não fossem criação sua, faz perguntas, os contraria como se tivessem vida própria, o que enriquece o enredo. Não à toa, é um dos maiores autores vivos, com livros traduzidos para mais de 30 línguas.

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