Alimentação para o Autismo


Publicado em 2 de maio de 2014

O autismo faz parte de um grupo de transtornos do neurodesenvolvimento denominados de transtornos invasivos do desenvolvimento (TID).

Ele é caracterizado por permanente prejuízo da interação social, alteração da comunicação e padrões limitados ou estereotipados de comportamento e interesses.

Os sintomas do autismo geralmente aparecem na primeira infância. Após o diagnóstico o autista deve ser encaminhado para tratamento com profissionais especializados, sendo mais indicado o acompanhamento por equipe multidisciplinar.

Em alguns casos os tratamentos comumente utilizados podem ser complementados com terapias coadjuvantes como a musicoterapia, equoterapia e intervenção nutricional. Com base em publicações científicas é possível afirmar que alguns alimentos podem intensificar os sintomas do autismo. Os mais estudados e reconhecidos por profissionais são o leite e o trigo. Esses alimentos possuem proteínas, as quais, quando não digeridas de forma adequada se transformam em peptídeos (proteínas pequenas) que agem no cérebro como compostos opioides, estes compostos exercem papel específico nos processos neurais juntamente com uma série de outros neurotransmissores. Isso não ocorre com qualquer pessoa.

Existem autistas que apresentam disfunções do trato digestório e por essa razão não conseguem fazer a digestão completa das proteínas do leite e do trigo produzindo assim os peptídeos opioides. Os pais que optarem por uma dieta isenta de leite e glúten devem procurar a orientação de um profissional nutricionista, pois essa dieta é muito restritiva.

Se não for feita de forma adequada pode desencadear no autista um quadro de desnutrição. Para autistas que manifestam hiperatividade aconselha-se eliminar da dieta alimentos estimulantes como chá preto, café, chocolate, alimentos com corante (gelatina, suco artificial, refrigerante…), alimentos ou temperos com elevado teor de glutamato monossódico (temperos prontos, embutidos, salgadinhos, molhos..). Antes de encerrar essa matéria vale a pena lembrar que o desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida dos autistas, não depende apenas dos profissionais envolvidos e dos tratamentos escolhidos e sim da dedicação, carinho, amor e a compreensão de pais, parentes e amigos.

Nádia Isaac da Silva
Nutricionista
Fone: 3456.1364

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