Candidatos (as) debatem área social e apresentam propostas


Publicado em 30 de outubro de 2020

O trabalho social é um dever do Estado, sendo muito importante para garantir proteção social através de serviços, benefícios, programas e projetos em apoio às pessoas que enfrentam dificuldades.

Para o auxílio aos mais vulneráveis, os profissionais do setor trabalham a partir de políticas públicas e encaminham os cidadãos a outros órgãos quando as situações enfrentadas não podem ser resolvidas apenas pela assistência social, como em casos envolvendo desemprego, violência e doenças, por exemplo.

Confira nas próximas páginas o que cada candidato (a) pensa a respeito do trabalho realizado pelos profissionais da área social em nosso município e quais são as propostas que têm para os próximos anos visando melhorar a condição de vida da população mais vulnerável.

Messias

Messias Foto: Divulgação

Messias (Foto: Divulgação)

Como avalia o setor social em Iracemápolis atualmente?

A Assistência Social teve grande avanço em relação a adequação da legislação. Conseguiu-se parceria com uma entidade para implantação do serviço de acolhimento para crianças e adolescentes, que por motivos diversos não podem ficar com seus familiares, e implantação da vigilância socioassistencial. Locais de atendimento foram reestruturados. Houve ampliação do quadro de Recursos Humanos técnicos, bem como capacitações e treinamentos visando a valorização do funcionalismo e qualidade aos serviços prestados. Os atendimentos aconteceram na Promoção Social, CRAS, Cadastro Único (com foco no Bolsa Família) e CREAS, com auxílio de benefícios, como cestas básicas, Viva Leite, auxílio funeral, Frente de Trabalho e outros. Nos setores do Social também ocorreram acompanhamentos com psicólogas e assistentes sociais à vítimas de violências, especialmente com foco na criança/adolescente, mulheres, idosos e pessoas com deficiência. Na pandemia, os setores continuaram em atendimento, sendo oferecido EPIs aos trabalhadores e atendidos, inclusive em parceria com o Fundo Social.

Se eleito, quais projetos irá implantar na área social?

Ampliarei a oferta de serviços, especialmente aos grupos de crianças e adolescentes, que necessitam de um olhar especial. Trabalhar preparação para inclusão no mercado de trabalho, prevenção às drogas e outros é muito importante. Ampliarei os atendimentos, além da manutenção dos atuais. Também é necessário pensar no pós-pandemia, pois trará demandas desafiadoras e isso significa a ampliação de benefícios, especialmente cestas básicas e outros auxílios à população, como a reestruturação da Frente de Trabalho para que possa ajudar mais pessoas. Quanto à cesta básica, pretendo implantar a entrega de um cartão magnético com o benefício em dinheiro, pois assim a pessoa pode escolher o que mais lhe ajudará naquele momento, como carnes, verduras e outras gêneros alimentícios. Esta proposta também evitaria a retirada da cesta presencialmente, pois muitos têm esta dificuldade e precisam de outras pessoas para ajudá-los. Seria também muito importante para o comércio local.

Silvia Camargo

Silvia Camargo Foto: Divulgação

Silvia Camargo (Foto: Divulgação)

Como avalia o setor social em Iracemápolis atualmente?

Andando pelas ruas não só pude confirmar a situação frágil em que se encontram as nossas famílias, como reafirmar que existem inúmeras pessoas passando fome em nossa cidade. Entendo que o setor social está ligado diretamente a todas as outras áreas do Governo: saúde, segurança, educação, inclusão social, etc e que todo e qualquer problema social vivenciado pela massa populacional é proveniente da fragilidade de outros setores e principalmente desemprego. Nosso povo não quer receber tudo de “mão beijada”, eu sinto isso, nosso povo quer trabalhar e conseguir ele mesmo suprir suas necessidades básicas: alimentação, transporte, vestimentas, lazer e mais que isso, conseguir ajudar outras pessoas. Há solidariedade pelos quatro cantos da cidade. Como desenvolvimentista enxergo o cenário como um todo e posso afirmar que o mau uso do dinheiro público e as seguidas crises econômicas vivenciadas no Brasil são sim a base do problema social local.

Se eleita, quais projetos irá implantar na área social?

“Iracemápolis sem fome” será um programa amplo para distribuição de cestas básicas para famílias e cidadãos em condições vulneráveis. Não podemos virar as costas para os cidadãos desempregados diante de um cenário pós-pandemia. Eu e minha vice Missionaria Elaine, como mulheres e mães não iremos permitir que a fome continue rondar nosso povo. Enquanto eu trago empresas para a cidade, área que atuo com um muita facilidade, gerando empregos e renda (aumento no orçamento), atacaremos todos os setores para que estejam mais organizados e direcionados para as demandas atuais, que nem sempre são as mesas das décadas passadas. Portanto um bom programa contra a fome, geração de emprego, aumento na arrecadação, maior assistência para empresas e comércios que já estão instaladas no município, fiscalização dos setores sociais e dos demais setores que como eu disse são a base da problemática, conseguiremos sim vencer essa grande batalha.

Pedrão do Noé

Pedrão do Noé Foto: Divulgação

Pedrão do Noé (Foto: Divulgação)

Como avalia o setor social em Iracemápolis atualmente?

O Social é um dos setores que deve ter uma atenção especial de todo gestor diante desse quadro de pandemia e recuperação econômica. Há na cidade uma ausência de programas socais e de geração de renda. Temos sim muitas famílias que precisam de políticas públicas de inclusão social e sinto que isso não foi prioridade nos últimos anos. Nossa cidade cresceu em termos populacionais e junto com seu crescimento aumentou-se as demandas da população de baixa renda que estão em vulnerabilidade social. A Promoção Social e o Fundo Social de Solidariedade estarão sempre de portas abertas para aqueles que mais precisarem que e em meu governo serão prioridade.

Se eleito, quais projetos irá implantar na área social?

Fazer política pública no social vai muito além de distribuir cestas básicas. Vamos continuar auxiliando as pessoas, com alimentos de qualidade, mas queremos ir além, ampliando vagas na Frente de Trabalho e criar programas de geração renda e capacitação. Criar Núcleos de Atendimento Sociais nos bairros. O Centro é onde se tem menos demandas de atendimento e não faz sentido ter que fazer as pessoas se deslocarem. Vamos criar transporte coletivo gratuito com qualidade para que todos possam ir a uma consulta, uma entrevista de emprego e até mesmo fazer compras. Investir em projetos de Proteção Básica, com ações de convivência e fortalecimento de vínculos como atendimento psicológico, incentivo ao esporte, cultura e lazer nos bairros. O dinheiro é necessidade básica, mas o emocional e a dignidade das pessoas precisam ser priorizados e as pessoas de baixa renda terão atenção em meu governo como nunca foi feito antes em Iracemápolis.

Nelita Michel

Nelita Michel Foto: Divulgação

Nelita Michel (Foto: Divulgação)

Como avalia o setor social em Iracemápolis atualmente?

Não vejo ações que tratem satisfatoriamente do setor social em nossa cidade por parte do Poder Público. Obviamente, o Poder Público deve incluir em sua política o serviço prestado pelas entidades existentes no município, através de parcerias. Mas hoje tais entidades (organizações sociais, as instituições religiosas e privadas, etc.) é que são mais efetivas nessa área (mesmo dentro de suas limitações) e isso para mim está errado, pois, a Prefeitura deveria ser o maior provedor nessa área, ajudando as entidades e as pessoas no que for necessário.

Se eleita, quais projetos irá implantar na área social?

Primeiramente, o Poder Público deve ser “protagonista” nesse setor, estabelecendo uma política de assistência e desenvolvimento para atender com qualidade as famílias em situação de vulnerabilidade social. Devemos implementar formas inovadoras na área, como, por exemplo, reavaliar e adequar os convênios firmados com as instituições do terceiro setor, valorizando as parcerias e viabilizando o aumento dos repasses financeiros. Outro projeto é o Benefício Dignidade, que consiste, basicamente, na contratação de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica para atuar em diversos setores envolvidos com os serviços de limpeza e conservação dos espaços públicos, até mesmo nas escolas, com uma programação de atividades nos finais de semana. Sou assistente social e o social faz parte da minha vida!

Zé da Bruel

Zé da Bruel Foto: Divulgação

Zé da Bruel (Foto: Divulgação)

Como avalia o setor social em Iracemápolis atualmente?

O serviço social é um processo de reprodução das relações sociais cujo objeto é a intervenção multifacetária nos problemas do município. Temos algumas ações legais no setor social que são promovidas pela prefeitura, porém ainda estamos muito longe do ideal. Todos falam e reclamam sobre as vagas nas creches, que precisa ser aberto novas vagas, isso é claramente um problema da área social, se temos pessoas sem ter onde deixar os seus filhos por falta de espaço nas creches municipais, isso é uma falha nesse setor, estamos criando um déficit que pode acarretar futuros problemas para o município. O social também vem esquecendo o trabalho com a juventude mediana, aqueles adolescente e jovens entre 16 e 19 anos, muitos deles sem um bom projeto social acabam por se envolver com as drogas e nós não temos projetos preventivos nessa área e também não temos nenhum para tirá-los desse mundo.

Se eleito, quais projetos irá implantar na área social?

Seria uma irresponsabilidade minha dizer que a prefeitura tem condição e capacidade para resolver todos esses problemas sozinha, não é assim que acontece no nosso estado e também no Brasil inteiro, o setor social é um problema nacional. Por isso a melhor forma de solucionar esse déficit é estreitando parcerias com as ONG’s do município, aumentar o suporte que a prefeitura pode oferecer a elas e também trabalhar em paralelo com os setores de educação, esporte e segurança pública, que também terá como função a conscientização das nossas crianças e dos nossos jovens na escola. Iremos fortalecer e dar mais atenção ao Fundo Social, ao CEAC, ao grupo da terceira idade e planejamos fazer parceria com a AMACI e SENAI para que juntos possamos oferecer mais oportunidades culturais, projetos de capacitação e desenvolvimento para todos. O serviço social não compreende-se apenas na intervenção do problema, mas também na prevenção dele.

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