Chuva de idéias


Publicado em 7 de novembro de 2014

A chuva que caiu sobre Iracemápolis no último domingo foi recebida com agradecimentos e muitas boas ideias. Houve quem aproveitou o momento para lavar carros e quintais. Coisa que, quem tem consciência, não tem feito, a não ser com uso de água da máquina.

Também houve quem aproveitou o momento para guardar a água em tambores e baldes. Líquido que também será reaproveitado para lavagem das casas, carros e para regar plantas.

Se é verdade que as crises cooperam para o desenvolvimento de uma sociedade, podemos dizer que há sim algo de muito positivo na crise hídrica. Quando, em tempos em que não se falava de falta de água, que as pessoas pensariam em reaproveitar como pensam agora?

Antes, havia alguém que queria lavar seu carro na chuva? Havia alguém preocupado em guardar esse líquido? Poderia haver sim, mas em menor quantidade do que temos encontrado hoje. Há meses atrás, o mais comum era ouvir “Nossa, vai chover de novo”, em tom de preocupação porque a pessoa teria um compromisso. Hoje, a mesma frase é dita com tom alegre porque todos sabem a necessidade da chuva e os efeitos da falta dela.

O que choveu, ainda não foi suficiente para resolver todos os problemas. Ainda passamos por racionamento e proibições. As primeiras chuvas, dizem especialistas, servem apenas para irrigar o solo seco e só depois, recomeça o armazenamento. Porém, quando essa crise passar, que essa chuva de ideias permaneça. Que continuemos a usar com consciência, que continuemos a armazenar ao invés de deixar que esse líquido tão precioso escorra pelo ralo e que continuemos a receber a chuva com gratidão.

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