Crime ambiental: produto químico é descartado em rede de esgoto


Publicado em 20 de setembro de 2019

Um caso de descarte de produto químico na rede de esgoto aconteceu na semana passada em Iracemápolis, o que é crime ambiental.

Tudo começou na quarta-feira passada (11), quando, por volta das 22h, a Defesa Civil foi acionada por uma moradora do bairro João Ometto, que alegou estar sentindo um cheiro forte de produto químico. Deslocados ao local, agentes constataram o fato, mas naquele momento não foi possível identificar a procedência.

No dia seguinte, no mesmo horário, o fato se repetiu, e a Defesa Civil se deslocou ao local novamente, dessa vez em trabalho conjunto com o Corpo de Bombeiros. Dessa vez, foi possível identificar uma grande quantidade de produto químico, um tipo de solvente, na rede de esgoto.

Os profissionais iniciaram um processo de abertura de bueiros para identificar o local aproximado do descarte e arejar a tubulação com o intuito de afastar possível risco de explosão, devido ao cheiro forte, que poderia ser gás exalado pelo produto. O serviço foi efetuado em um raio de aproximadamente 1 km da residência da solicitante.

A área do possível descarte foi isolada. Durante a averiguação no bueiro, foi percebido movimentos em uma garagem de caminhão próxima ao local. Os agentes abordaram um funcionário da empresa, solicitando permissão para verificar o local por causa do forte cheiro constatado na rede de esgoto. Ao mesmo tempo, o proprietário, que é residente em Araras, foi acionado e se deslocou ao local.

A Defesa Civil solicitou apoio da Guarda Civil Municipal, da Policia Militar e da direção do Serviço de Águas e Esgoto (SAE). Posteriormente, foi acionada a perícia da Polícia Civil para averiguar o local, pois foram encontrados fortes indícios da presença do produto descartado dentro da garagem e em taques de transporte estacionados.

Após a perícia, o proprietário e o funcionário foram apresentados no plantão da Polícia Civil de Limeira para registro da ocorrência. Na sexta-feira (13), a Defesa Civil relatou o fato ao Departamento de Tributação da Prefeitura, e um fiscal se deslocou até o local e identificou que o estabelecimento não dispunha de licença de funcionamento emitida pelo Município. Com isso, o responsável foi notificado para suspender as atividades até a devida regularização.

Durante o ocorrido, o SAE recebeu chamados de munícipes que reclamaram do cheiro forte em bairros a mais de 3 km do local. O descarte de produtos químicos de forma irregular é crime ambiental previsto em Lei e o caso está sob investigação na Delegacia de Polícia.

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