Do menos que é mais


Publicado em 24 de janeiro de 2014

“Pobres não são aqueles que têm pouco, mas aqueles que querem muito”, essa foi a afirmação feita pelo atual presidente do Uruguai, José Mujica, a um jornalista durante uma entrevista. Constantemente, o presidente mais conhecido como Pepe Mujica, tem sido notícia pelo mundo pelo estilo de vida simples que optou para si, chegando a contrariar a realidade que viveria um presidente, seja qual for o país.

Aos 77 anos, o uruguaio é um ex-guerrilheiro que passou 14 anos preso, a maioria durante a ditadura uruguaia (1973-1985). Ele vive em uma pequena chácara nos arredores de Montevidéu junto com sua esposa, a senadora Lucía Topolansky. Ali cultiva flores e hortaliças que vende nos mercados locais.

Quando não realiza trabalhos oficiais, o chefe de Estado faz questão de dirigir o seu próprio carro, um fusca azul, de 1987, avaliado em pouco mais de US$ 1.000. Mujica dispensa empregados. Faz suas próprias compras no bairro onde vive e frequentemente é visto em restaurantes populares com seus colaboradores no entorno da sede do Governo, no centro de da capital uruguaia. Seu salário, de US$ 12,5 mil mensais, não fica todo com ele. O presidente uruguaio fica com US$ 1.250 e doa 90% para a construção de casas populares.

Políticos, na maioria das vezes, são e gostam de ser tratados quase como celebridades. Um caso como esse, quando um presidente opta por viver de forma simples, chama a atenção e corre o mundo. Com essa opção, Mujica mostra que viver com menos pode ser melhor. Dividir o que se tem não fará mais pobre. Afinal, pobre é quem acredita precisar de muito.

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