Hormônio do exercício tem potencial para combater Covid-19


Publicado em 28 de agosto de 2020
João Cleber Professor de Educação Física Especialista em Biomecânica do Movimento Coach de Crossfit Empresário e Proprietário da Tribos Academia

João Cleber
Professor de Educação Física
Especialista em Biomecânica do Movimento
Coach de Crossfit
Empresário e Proprietário da Tribos Academia

Se você ainda acredita que atividade física serve somente para melhorar a estética leia esse artigo até o fim e encontrará mais alguns motivos para iniciar os exercícios imediatamente!

Não é novidade que praticar exercícios é ótimo para a saúde, ajuda a prevenir diversas doenças e ainda pode servir como tratamento não medicamentoso para inúmeras patologias, incluindo as associadas à obesidade.

E os benefícios da atividade física para combater doenças foram ampliados em 2012, quando cientistas descobriram a irisina, um hormônio secretado pelo músculo esquelético em resposta ao exercício. A substância favorece a conversão de tecido adiposo (gordura) branco em bege e marrom. Denominado de browning, este fenômeno favorece o aumento da termogênese e do gasto calórico diário, o que pode auxiliar no processo de redução do peso corporal, controle da obesidade, e de forma indireta, da síndrome metabólica e gordura hepática. Além do mais, há evidências de que a irisina se correlaciona positivamente com a sensibilidade à ação da insulina, redução de osteoporose e de quadros sarcopênicos.

Agora a grande novidade foi apontada em um estudo conduzido na Universidade Estadual Paulista (Unesp) que sugere que o hormônio irisina, liberado pelos músculos durante a atividade física, pode ter efeito terapêutico em casos de Covid-19. Ao analisar dados de expressão gênica de células adiposas, os pesquisadores observaram que a substância tem efeito modulador em genes associados à maior replicação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) dentro de células humanas.

Um aspecto importante, descrito pela UNESP, “está no achado de outros grupos de pesquisa sobre o tecido adiposo aparentemente servir como repositório do vírus. Isso ajuda a entender por que indivíduos obesos têm maior risco de desenvolver a forma grave da covid-19. Fora isso, indivíduos obesos tendem a ter níveis menores de irisina, assim como maiores quantidades da molécula receptora do vírus [ACE2], quando comparados a indivíduos não obesos”.

Então com todas as recomendações preventivas e de higiene nos vemos na academia!

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