Isolamento social: e quando o inimigo está dentro de casa?


Publicado em 27 de março de 2020
Graziela Félix - Jornalista Instagram: @grazifelix

Graziela Félix – Jornalista
Instagram: @grazifelix

Estamos vivendo dias que exigem de nós um esforço extremo. Muito mais que paciência, estamos sendo obrigadas a exercitar a resiliência diante de um momento nunca antes vivido. Não temos referência, nem dicas dos mais velhos para nos ensinar a enfrentar o COVID-19.

Fomos obrigadas a ficar em casa, lidar com a família, com a falta de dinheiro e a incerteza do que o futuro nos reserva. Tudo isso, por si só, já seriam suficientes para nos deixar receosas e com medo. Mas aí outro problema se revela. Nem todas as famílias são pacíficas. Muitas vezes, o maior inimigo está dentro de casa.

No Rio de Janeiro já foi registrado aumento de 50% nos casos de violência doméstica durante este período de confinamento, que ainda está no início. Aqui na nossa região este levantamento ainda não foi feito.

O que podemos fazer para tirar de nós essa sensação de impotência? A mulher agredida se sente impotente por não conseguir sair desse impasse, principalmente agora, neste momento de isolamento social. Quem está do lado de cá, como eu, também é tomada pela mesma sensação. O que fazer de prático para ajudar? Como tirar a vítima dessa situação? Bom, denunciar ainda é a melhor saída.

As delegacias, guardas municipais e o disque denúncia 180 continuam funcionando. É o que temos no momento. Então, se você foi vítima ou presenciou alguma violência doméstica, denuncie. Porque em briga de marido e mulher se mete sim a colher!

E que a gente consiga ser como a flor de lótus, que sobrevive no lodo, cheio de impurezas, e é capaz de transformar-se em uma das flores mais lindas da natureza. Assim sejamos nós, capazes de superar as adversidades que surgem pelo nosso caminho, nos transformando em seres humanos melhores e evoluídos.

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