Maus hábitos alimentares devem ser combatidos na infância


Publicado em 5 de dezembro de 2014
Entre as dicas, nutricionista orienta deixar alimentos saudáveis em evidência e ocultar os mais calóricos (Foto: Assessoria de Imprensa da da Medical)

Entre as dicas, nutricionista orienta deixar alimentos saudáveis em evidência e ocultar os mais calóricos (Foto: Assessoria de Imprensa da da Medical)

Até o fim deste ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade de crianças com menos de cinco anos que terão sobrepeso ou obesidade vai ultrapassar 42 milhões em todo o mundo. No Brasil, o excesso de peso entre as crianças de 5 a 9 anos, foi o que mais chamou a atenção do Ministério da Saúde: 35% dos meninos e 32% das meninas estão acima do peso.

A pesquisa mostrou que nas duas últimas décadas, a obesidade entre crianças de 5 a 9 anos saltou de 4,1% para 16,6% entre os meninos e de 2,4% para 11,8% entre as meninas. Mais de 500 mil estão no nível mais grave de obesidade.

Mas diante de tantas ofertas de alimentação fácil e que as crianças gostam, como os familiares podem fazer com que os pequenos tenham uma alimentação correta? Uma alimentação saudável também é uma maneira de cuidar da saúde.
A Gazeta conversou nesta semana com a nutricionista do Espaço Saúde da Medical, Regina Alves, que deu dicas para que os pais estimulem o consumo de alimentos saudáveis desde a infância dos filhos. Confira as orientações:

Gazeta de Iracemápolis: Qual o principal motivo para que os pais estejam atentos a alimentação das crianças?

Nutricionista: O excesso de peso é o ponto de partida para o desenvolvimento de inúmeras doenças. Alterações que antes apareciam em adultos acima de 40 anos, como por exemplo, o colesterol, já se mostra alterado em crianças de quatro anos de idade nos dias de hoje. Isso acontece independente da criança estar ou não acima do peso. Portanto os maus hábitos alimentares acompanhados ou não do excesso de peso deve ser combatido o mais cedo possível.

Gazeta de Iracemápolis: Qual melhor forma de fazer o combate aos maus hábitos?

Nutricionista: As crianças aprendem a falar e andar olhando os adultos fazerem isso e, no caso da alimentação, não é diferente. Se os pais se alimentarem corretamente, as crianças irão aprender e praticar o hábito alimentar saudável diariamente aos poucos e sem grandes dificuldades.

GI: Há alimentos que são proibidos para os pequenos?Qual o motivo?

N: Não, o que existe apenas os alimentos menos indicados, ou seja, ‘tudo posso, mas nem tudo me convém’. Quando a dieta é radical ou restritiva demais, ela não fica atrativa, tornando-se cansativa e desestimulando as pessoas a continuarem a fazê-la.

Tudo em nossa vida precisa ter uma programação com disciplina para que consigamos atingir nossos objetivos, mas com alguns momentos de descontração para recarregar as energias. A reeducação alimentar também funciona assim: objetivo, programação e disciplina para que os resultados apareçam e, de vez em quando, uma “distração” com algo que gostamos que pode até ser uma refeição mais calórica. Tudo vai depender da fequência com que essas distrações irão aparecer.

GI: Quais os melhores alimentos para as crianças?

N: Tanto para as crianças como para os adultos, devemos dar preferência para os alimentos “originais de fábrica”, ou seja, quanto menos processamento pela indústria, mais o alimento terá seus nutrientes preservados e facilitando o aproveitamento pelo nosso corpo.

GI: É possível conciliar coisas que as crianças gostam de comer, como chocolate, por exemplo, com uma alimentação correta?

N: Tudo depende da quantidade e frequência com que esses alimentos aparecem na dieta da família. Eles sempre devem ser consumidos após as refeições maiores e não como substituição ou prêmio. Lembre-se: o que os olhos não vêm o coração não sente, então devemos ocultar as guloseimas e manter os alimentos mais saudáveis em evidência.

GI: Em que momento os pais devem se atentar e procurar ajuda profissional?

N: Quanto mais cedo melhor, pois quanto mais autonomia a criança tiver, mais difícil será a mudança dos hábitos de vida.

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