Memórias


Publicado em 9 de janeiro de 2015

Andei pensando com meus botões que mais um ano se foi, e se foi não volta mais. Eis o óbvio! Mas ficam as lembranças do ano anterior, e do ano antes desse, e dos outros anos. Nem tudo conseguimos guardar porque não temos embutido em nosso sistema um disco tal qual os computadores. Nossa memória é um tanto fugas. Retrospectivas? Quem nunca viu uma na televisão? Lógico que estão ai as virtualidades. A internet tem ferramentas como o facebook entre muitas outras tecnologias que nos permitem avivar a qualquer momento acontecimentos registrados em fotos e vídeos. Não estou falando disso. Quero saber a capacidade do meu corpo em buscar informações que ficaram para trás. Qual o critério para minha memória lembrar-se disso ou daquilo? A seguinte ideia me surgiu: pensar rapidamente do que me lembro do ano passado. Quais memórias estão mais frescas em meu subconsciente? O exercício valerá por apenas dez minutos. Ok! Start…O primeiro aniversário do meu filho é inesquecível. Foi em onze de fevereiro e tinha bolo, velinhas, amigos e parentes, música e chuva. Arnaldo, meu cachorro falecido precocemente. Era um animal dócil que desfilava elegância canina, mas desde sempre foi doente o pobre coitado.

A Copa do Mundo no Brasil. A expectativa, as críticas ao evento, os protestos contra o campeonato mundial. O inesquecível e frustrante jogo de Brasil e Alemanha, apelidado de 7 por 1. O que foi aquilo?

Já passaram três minutos de exercício e nada mais me vem à cabeça. Sim, o circo das eleições presidenciais e os discursos fascistas de alas fanáticas da política Brasileira. Que ano infeliz foi aquele para a democracia Brasileira. Sinceramente não acreditava que em pleno Brasil havia tanta discórdia, raiva e pensamentos extremistas. O que mais? Ah! O avião com Eduardo Campos para aumentar as contas das teorias das conspirações e mudar totalmente a rota da disputa para presidente. O Avião desaparecido na Malásia. O mistério permeando o mundo. Novas teorias de ETS e OVNIS.

Estou quase no fim do exercício. Oito minutos e meio. Dois mil e quatorze dois mil e quatorze. Sim, os famosos que nos deixaram como José Wilker, Robin Willians, Hugo Carvana, Ariano Suassuna, João Ubaldo Ribeiro, Jair Rodrigues, Gabriel Garcia Marques, Philip Seymour Hoffman, Paulo Goulart, Nelson Ned, e a vidente que não previu sua morte, Mãe Dináh. O brincalhão Roberto Bolanos, o Chaves.

Tempo esgotado.

Sinto-me um caramujo. Dez minutos e foi tudo que consegui recordar do ano passado. Memória curta a nossa. E confesso também que esses nomes ai acima, dos falecidos, tive que buscar na internet. Efeito Men in Black?
Do que estava falando mesmo?

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