Pouca água na torneira


Publicado em 26 de fevereiro de 2021

É recorrente a reclamação de moradores sobre a pressão da água em diversos bairros. O trabalhador retorna para casa após um dia cansativo de serviço e, ao abrir a torneira, não há líquido a contento.
Não é de hoje que se discute o saneamento em Iracemápolis. Por saneamento, entende-se o conjunto de serviços do Município para ofertar abastecimento de água, tratamento de esgoto, limpeza urbana, recolhimento de lixo doméstico e drenagem de águas pluviais.
A questão municipal se depara com outro fator importante: recentemente, o Congresso Nacional aprovou o novo marco regulatório do saneamento básico, que exige ações de todas as cidades para melhorar a oferta de serviços. Afinal, é comprovado que, para cada real investido em saneamento, se economiza em outras áreas, como a da saúde.
Bom saneamento é sinônimo de qualidade de vida e prevenção de doenças, mas isso não vem de graça. Em Iracemápolis, os dois últimos prefeitos fizeram estudos para verificar a possibilidade da terceirização de serviços. Em 2016, na gestão do ex-prefeito Valmir Almeida, um estudo foi feito com a Odebrecht, que calculou ser preciso investir R$ 79 milhões nas próximas décadas. Em 2017, o ex-prefeito Fábio Zuza contratou novo estudo. Com a Sabesp, definiu-se um investimento de R$ 25 milhões para 30 anos. Contudo, ao enviar o estudo para a Câmara Municipal, o assunto foi polemizado e saiu de pauta.
Vale mencionar que o Plano Municipal de Saneamento, iniciativa do ex-prefeito Valmir, já previa em 2013 a necessidade de investir R$ 28 milhões para resolver questões envolvendo água e esgoto.
Estamos em 2021 e o assunto segue não equacionado. De onde a prefeitura vai tirar o dinheiro necessário? É uma questão importante. Na campanha eleitoral do ano passado, a atual prefeita Nelita Michel afirmou ter apoio do deputado federal Miguel Lombardi para resolver esse assunto e o colocou, inclusive, como uma das prioridades. A população confia e aguarda.

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