Reforma da Previdência


Publicado em 17 de março de 2017

A semana foi marcada por protestos e paralisações contra a reforma da previdência.

Na última quarta-feira (15) houve manifestações por todo o Brasil contra a aprovação da proposta do governo que pretende aumentar a idade para o trabalhador se aposentar para 65 anos e no mínimo 25 anos de contribuíção.

Este foi um dos assuntos mais falados nos meios de comunicação, nas rodas de amigos e claro, nas redes sociais. A população teme que a mudança na previdência prejudique ainda mais os brasileiros que dependem do benefício ou melhor dizendo, do direito que lhes é devido enquanto cidadãos.

O motivo apresentado pelo governo para a reforma é justo: conter o déficit nas contas públicas, entretando seria justo contabilizar das contas do trabalhador que não sabe se conseguirá se aposentar?

É claro que alguma coisa precisa ser feita para conter o rombo nas contas públicas, mas não seria mais justo mexer nos benefícios do setor público,por exemplo, sem prejudicar os mais necessitados? Pois como a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, não há dúvidas de que as classes média e baixa serão as mais prejudicadas pela reforma da previdência.

É o trabalhador que se esforça a vida toda e espera ter uma velhice tranquila para aproveitar dignamente o fim da vida, que vai “pagar o pato”.

A reforma precisa sim acontecer, porém não seria justo colocar todos os trabalhadores no “mesmo saco” e jogar uma lei que atinge a todos com resultados diferentes para cada um. Como comparar um trabalhador rural que trabalhou a vida toda em um serviço pesado com um que muitas vezes sequer saiu de casa para trabalhar? Como comparar o serviço de alguém que trabalha na indústria com um do comércio ou da prestação de serviço? Existem situações gritantes de insalubridade, condições de trabalho, carga horária e etc. Como se abriu exceções a algumas categorias, como o caso dos militares, não seria o caso então de ampliar o debate e criar novas subcategorias dentro do regime previdenciário?

Se a proposta é uma reforma na previdência, ela deveria ser feita de forma que fosse melhorar a vida do trabalhador e não prejudicá-lo.

Embora o Presidente Michel Temer tenha afirmado na quarta-feira que a reforma não vai “tirar direito de ninguém”, seu discurso não convence quem terá que trabalhar dez anos a mais para se aposentar, caso o projeto seja aprovado.

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