Saneamento: prefeituráveis debatem o tema e apresentam suas propostas

Com exclusividade, Gazeta de Iracemápolis conversa com os candidatos (as)


Publicado em 6 de novembro de 2020

Iracemápolis se aproxima de 25 mil habitantes, está em crescimento e com o aumento da população o sistema de água e esgoto não suportará a demanda sem grandes obras e investimentos.

O tema é um dos mais importantes na atual conjuntura. Nesta edição, o jornal traz as propostas das cinco candidaturas para a área e, no editorial, um panorama deste cenário.

Nelita e Chicão

Nelita e Chicão (Foto: Divulgação)

Nelita e Chicão (Foto: Divulgação)

Iracemápolis está crescendo e com isso a demanda por serviços de saneamento aumentou. Caso eleita, como pretende resolver a distribuição de água na cidade?

O primeiro passo é reorganizar a estrutura administrativa do setor de Água e Esgoto, impedindo que os recursos obtidos com a tarifa paga pelo usuário seja utilizado para outras finalidades; partindo, posteriormente, para um aumento da capacidade de tratamento e distribuição de água para a população. Qualquer proposta que ignore esse princípio não passa de mais uma solução que sempre surge de 4 em 4 anos e que nunca, realmente, saem do papel.

Caso eleita, você descarta a possibilidade de fazer uma concessão/privatização desses serviços? Quanto de investimento, em reais, você calcula ser preciso para fazer as obras necessárias para resolver os problemas que a cidade tem nessa área?

Descarto totalmente essa possibilidade, pois, resolver este problema que, há décadas, se arrasta em nosso Município, é o nosso principal compromisso. Nós já temos um estudo/análise primária sobre tal problemática, e podemos afirmar que é possível, mas seria irresponsabilidade cravar um número exato e transparente do investimento necessário para a população, tendo em vista que o próximo passo é a realização de um estudo mais completo e técnico junto ao DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Governo do Estado de São Paulo), visando também a disponibilidade de uma nova represa, para servir de suporte em tempos de estiagem.

Pedrão e Dr. Marcos

Pedrão e Dr. Marcos (Foto: Divulgação)

Pedrão e Dr. Marcos (Foto: Divulgação)

Iracemápolis está crescendo e com isso a demanda por serviços de saneamento aumentou. Caso eleito, como pretende resolver a distribuição de água na cidade?

Em 2015 fizemos um levantamento das três represas que abastecem o município e ficou comprovado que água, nosso bem mais precioso, o município tem bastante e de qualidade. O problema que a cidade enfrenta é o tratamento e a distribuição dessa água, temos que investir em reservatório e pressurização nas redes, pois hoje o sistema utilizado é por gravidade e por isso a água não chega com pressão em alguns bairros nos horários de pico e finais de semana. Atualmente o setor trabalha no limite, e com o crescimento da cidade realmente a questão da água é prioridade, dessa forma iremos criar uma autarquia.

Caso eleito, você descarta a possibilidade de fazer uma concessão/privatização desses serviços? Quanto de investimento, em reais, você calcula ser preciso para fazer as obras necessárias para resolver os problemas que a cidade tem nessa área?

Criaremos um Serviço Autônomo de Água e Esgoto em Iracemápolis, ou seja, uma autarquia municipal, nada de concessão nem privatização. Vamos cuidar desse patrimônio, reestruturar todo sistema, automatizar e investir em qualidade do serviço. Uma nova ETA, sustentável, com capacidade para atender nossa cidade de forma eficiente pelos próximos 30 anos está na ordem de R$ 13 milhões que podem ser conseguidos por meio de recursos junto Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Vamos investir no que temos e em paralelo iniciar imediatamente projetos para construção de uma nova ETA para Iracemápolis. Sem remendos, sem terceirização e valorizando o que é nosso.

Zé da Bruel e Pr. Carlos Bombo

Zé da Bruel e Carlos Bombo (Foto: Divulgação)

Zé da Bruel e Carlos Bombo (Foto: Divulgação)

Iracemápolis está crescendo e com isso a demanda por serviços de saneamento aumentou. Caso eleito, como pretende resolver a distribuição de água na cidade?

Melhorar o sistema, aumentar o suporte, colocar pessoas que realmente são capacitadas para trabalhar nesse setor, dar treinamento e atualizar o pessoal que executa a manutenção. Precisamos antes de mais nada, trabalhar na manutenção preventiva, desde a purificação da água, até a sua distribuição nas residências. Existe muito dinheiro sendo jogado fora simplesmente pelo fato de não ter uma administração efetiva nesse setor, o que precisa ser feito imediatamente é um processo de trabalho, onde seja dividido por etapas e em cada etapa, tenha um responsável técnico, isso ajudará na eficiência do trabalho de cada funcionário e irá tirar a sobrecarga deles. Essas são atitudes simples, práticas e eficientes, os resultados são imediatos. Precisamos pensar a longo prazo e colocar caixas d’água grandes para dar suporte para os novos bairros, precisamos verificar a situação das tubulações, principalmente as dos bairros centrais e também melhorar a estrutura das represas.

Caso eleito, você descarta a possibilidade de fazer uma concessão/privatização desses serviços? Quanto de investimento, em reais, você calcula ser preciso para fazer as obras necessárias para resolver os problemas que a cidade tem nessa área?

Privatização não me agrada, principalmente nesse setor. Já nos mostramos capazes de administrar a água por conta própria. Claro, existe vários problemas, pois o setor está quase abandonado, erradamente cuidado e mal fiscalizado pelos vereadores, mas se colocarmos o empenho e a atenção que o departamento merece, conseguiremos administrar de forma eficiente e entregar um ótimo trabalho para a população. Quanto aos investimentos, essa é uma pergunta redundante. É claro que precisa, basta passar na rua e olhar o estado do ETA. Dizer um valor em específico é no mínimo irresponsável da parte de quem o fizer, estamos lidando com o dinheiro público, temos que ter a ciência de que cada centavo precisa ser bem investido. Primeiramente, nós precisamos de um estudo detalhado da atual situação do ETA, pois, sem isso é irresponsável suscitar um valor. Sabemos que é na casa dos milhões, e deverá ser investido de forma gradativa.

Silvia e Missionária Elaine

Silvia e Missionária Elaine (Foto: Divulgação)

Silvia e Missionária Elaine (Foto: Divulgação)

Iracemápolis está crescendo e com isso a demanda por serviços de saneamento aumentou. Caso eleita, como pretende resolver a distribuição de água na cidade?

Água é sagrada e de forma sagrada a irei tratar. Para que de fato tenhamos uma solução definitiva, vou transformar o setor SAE em autarquia, separar o dinheiro da água para ser gasto com água. Trocarei os relógios de toda a cidade, pois há vazamentos e desvio de água sem pagamento. Cada caixa d’agua da cidade ganhará uma irmã gêmea, aumentando assim a capacidade de cada bairro e melhoria na pressão da água. Erros clássicos foram cometidos, nova ETA em local inadequado, encanamentos com baixa capacidade e “atendimento aos interesses de loteadores” que por aqui passaram. Vamos resolver com obras nos pontos críticos, e isso só com nossos engenheiros de confiança à frente de um grande projeto de reestruturação, pois hoje o que vemos pode não ser a realidade.

Caso eleita, você descarta a possibilidade de fazer uma concessão/privatização desses serviços? Quanto de investimento, em reais, você calcula ser preciso para fazer as obras necessárias para resolver os problemas que a cidade tem nessa área?

Sempre fui e sempre serei contra a privatização. Usei da minha visibilidade para chamar a população para as duas sessões na Câmara que buscava aprovação da Lei que daria à Sabesp concessão por 30 anos. Conseguimos com a força do povo barrar. Foi sancionado o “Marco Regulatório” que estabelece 31/12/2033 para que os brasileiros tenham acesso a água potável e 100% do esgoto tratado. Abre-se com o Marco Regulatório um leque de opções de financiamentos e acesso aos recursos do Governo Federal, maior flexibilização nas Parcerias Público Privadas. Os investimentos serão calculados pela equipe engenheiros no início do governo, pois hoje não sabemos o que é real e o que não é. Estimamos investimentos mínimos na casa dos 20 milhões que já busquei junto ao Governo Federal e Organizações Internacionais que buscam projetos sustentáveis a fundo perdido, que é aquele recurso que não exige contrapartida do Município, hoje sem capacidade.

Messias e Zanardo

Messias e Zanardo (Foto: Divulgação)

Messias e Zanardo (Foto: Divulgação)

Iracemápolis está crescendo e com isso a demanda por serviços de saneamento aumentou. Caso eleito, como pretende resolver a distribuição de água na cidade?

Embora o saneamento precise de investimentos urgentes, a situação só não está caótica porque teve investimentos realizados nos últimos anos. Entre eles, destaco a parceria com a Usina Iracema para ampliar a capacidade da Represa Iracema, quando fizemos escavação para ampliar a capacidade do reservatório. Outras obras: instalação de bombas na adutora que serve Paineiras, Mercedes-Benz e loteamento Nova Iracemápolis, conclusão da Estação de Energia Elétrica da ETA, conclusão de seis Estações Elevatórias de Esgoto (bairros: Distrito Industrial II e IV, Aquárius, Orquídeas e Sítio Torioni), conclusão da Estação Compacta de Tratamento de Esgoto da área da Mercedes, desassoreamento da lagoa de Tratamento de Esgoto, troca de filtros da Estação de Tratamento de Água, conclusão da Estação de Tratamento de Lodo da ETA, instalação elétrica da nova ETA e construção de novo tronco coletor, sanando o derrame de esgoto in natura no Ribeirão Cachoeirinha. Mas é preciso investir ainda mais.

Caso eleito, você descarta a possibilidade de fazer uma concessão/privatização desses serviços? Quanto de investimento, em reais, você calcula ser preciso para fazer as obras necessárias para resolver os problemas que a cidade tem nessa área?

O novo marco regulatório, aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro, fala que a cidade precisa resolver sozinha seus problemas de saneamento ou buscar parcerias público-privada. Quem falar diferente disso estará enganando a população ou simplesmente não conhece a realidade dos fatos. No ano de 2013, foi feito um plano de saneamento e neste documento já era previsto por profissionais da área que Iracemápolis precisaria de R$ 28 milhões para resolver os problemas do setor e ficar apta para receber novos loteamentos e empresas. O que eu falo para a população é o seguinte: em meu governo, não iremos onerar o povo, não iremos deixar que taxas abusivas sejam cobradas, mas vamos buscar caminhos para desenvolver a cidade e dar tratamento de água e esgoto adequado para todos. Não vou fazer estágio na prefeitura nem buscar interesses próprios, como outros, estou por dentro do assunto e sei como resolver.

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