Sobre cães


Publicado em 2 de outubro de 2015

Cães são muito emocionais. Não conhecem o passado e não se importam com o futuro. Para eles, o que vale é o presente, correr em direção de quem gosta e rosnar para quem não conhece. Não que o bicho-bicho, ao rosnar, queira briga. Ele só quer que o deixe em paz, que não o perturbe, que o deixe correr na grama e curtir a vida ao lado de algum amigo.

Os homens, ao contrário, estão sempre preocupados com a razão. Não se resumem ao presente: conhecem o passado, o relembram, e vivem fazendo as mais sérias previsões. Buscam controlar o futuro e calcular o tempo. Quando preciso, o bicho-homem sorri para quem não gosta e finge não gostar de quem realmente gosta. Não é raro querer briga, mesmo sem motivo. Além disso, em muitos casos, deixa de lado uma caminhada no parque por conveniência.

Não é preciso dizer muito mais sobre bicho-bicho e bicho-homem. Você já deve ter entendido onde quero chegar. Eu até suspeito que exista um ou outro homem com um pouco de bicho, mas o contrário não. Talvez por isso, o bicho-bicho me parece mais seguro e confiável. Para ele, não parece haver hora ou lugar para ser feliz; e sempre tudo vale a pena.

Peça algo para seu cachorro. Ele pode estar fatigado, mas vai deixar isso de lado e tentar corresponder às suas expectativas. E seria muito legal se você fizesse o mesmo por ele!

O espaço está no fim e preciso encerrar este texto sobre amor canino (não o amor de um homem por seu cachorro, mas o contrário). Antes, quero dizer que, embora cético, concordo com a escritora Gabriela Stacul: “Não consigo imaginar o céu sem cães”.

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