Um novo modelo


Publicado em 18 de abril de 2014

A última semana dói pesada em relação as notícias ligadas às escolas, divulgadas pela imprensa regional. Somente em Limeira, na mesma semana, dois casos chocaram a população. O primeiro foi de uma professora agredida dentro da escola e o segundo, uma aluna que foi espancada.

O sindicato da categoria dos docentes relatou que casos como este são graves, mas que discussões, ofensas e até algumas agressões já se tornaram comuns no ambiente escolar. Professores já não sabem como agir diante de tanta violência.

A frase que não cabe à escola educar, e, sim, à família, é conhecida. Mas na prática, quantos docentes você conhece que recebem em suas salas crianças que demonstram claramente que faltam limites e correção por parte dos pais? Alguns, até mais do que isso, falta atenção e cuidado.

Assumir uma sala de aula hoje exige força de vontade e muita disposição. É claro, há muitas crianças que recebem todo apoio em casa e que tem pais que buscam educar, mas que acabam também expostas a esse modelo novo de escola, onde palavras baixas, ameaças e até agressão física passam a se tornar normais.

Especialistas apontam que o caminho para reverter essa situação é longo. A violência tem avançado mais rápido que as tentativas de alguns educadores em contê-las. Essa violência também não tem como culpada a escola. Pelo contrário, ela vem de fora e tem invadido as unidades de ensino.

Notícias como as de Limeira ocorrem em todo o país. Há a necessidade de parar e buscar alternativas concretas para impedir que isto avance a ponto da escola se tornar um lugar onde as crianças tenham medo de frequentar. A problemática é social e exige um posicionamento dos governantes que vai além do ambiente escolar.

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