Vai lavando!


Publicado em 21 de fevereiro de 2014

conversa-a-fiada--GI-ed-376-21-fevereiro-14Ai meu Deus, lá vêm eles de novo! Lá vêm eles de novo! Leitores (as) a chuva tão esperada veio e nos livrou do sol escaldante. Diria, amenizou a situação. Mas a chuva que veio não nos livrou da crise que assola toda a região: a falta de água. A cada dia que passa este tema se torna mais e mais recorrente, e muito preocupante.

A estiagem histórica que castiga o Estado de São Paulo foi um dos temas centrais da reunião promovida pelo Ministério Público – Estadual e Federal – em sua sede, no início deste mês, em Piracicaba. Representantes da Unesp/Rio Claro, Esalq, Unimep, Sanasa, entre outras entidades estiveram presentes. Vice-presidente da Câmara local, Júlio Lopes representou o Consórcio da Bacia PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) como presidente do Conselho Fiscal. A secretária municipal de Meio Ambiente e vice-prefeita, Olga Salomão também participou do evento.

Segue alguns comentários tecidos em tal encontro: “Não se pode ser passivo diante do colapso que se aproxima”, disse a promotora Alexandra Faccioli Martins após as apresentações de especialistas em recursos hídricos que confirmaram através de números, previsões do tempo e farto material fotográfico a preocupante diminuição da vazão dos rios.

O promotor Ivan Carneiro Castanheiro, um dos organizadores do encontro, observou “A situação é crítica. O desabastecimento pode se tornar uma triste realidade em muitos municípios em poucos dias”, apontou ao observar que o problema coloca em perigo moradias e o setor industrial.

Para Júlio Lopes, os municípios precisam tornar a crise hídrica pública. A seu ver, não adianta o poder público ignorar a realidade da população se a possibilidade da torneira secar é real. “Não vejo em muitas cidades campanhas de peso para o uso racional da água”.

Entre dezembro passado e janeiro deste ano, o Sistema Cantareira, que abastece 47% da região metropolitana, já registrou o mais baixo índice de chuva desde o início das medições, há 84 anos. Se a estiagem continuar nos próximos anos, 60% dos lares da capital ficariam com as torneiras secas. Em Campinas, o índice chegaria a 90%.
Segundo o diretor do SAE, Marcos Donizete Bento, em Iracemápolis a situação ainda está controlada porque a cidade é abastecida pela represa municipal que está com o nível estável.

Basta uma chuvinha para a população sair lavando. Casas, Calçadas, carros. O desperdício continua. Como diz no popular: “só vão se conscientizar a hora que a água bater na bunda”. O problema é que pode faltar água para bater na bunda. Vai lavando!

 

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