CAUI x América


Publicado em 2 de abril de 2021

 

Assunto da Semana

Continuando na série da minha história com Iracemápolis; esta semana vamos falar do futebol batepaulense “assunto mais importante, dentre os menos importantes”; como diz o Milton Neves; Iracemápolis sempre foi um celeiro de craques, e com equipes respeitadas na região.

CAUI x América

Assim que comecei a gostar de futebol, descobri que teria que escolher uma coisa que carregaria comigo pelo resto da vida; o time de futebol; e assim me tornei corintiano, mas no Bate-Pau a rivalidade era entre o América e o time da usina, o CAUI, e neste caso eu era CAUI.

Equipe do Vilo

Se eu já gostava mais do CAUI, em 1984 ou 85 comecei a treinar com o saudoso Vilo, e com isto pude conhecer lugares além do campinho da feira; viagens para cidades distantes para os moleques do Bate-Pau, íamos para Limeira, Americana, Rio Claro e até em São Carlos fui representar o Tigre dos Canaviais.

Ei Vinão . . .

Cadê minha bola de capotão ? . . . se você cantou esta música, fique em casa, pois você já passou dos cinquenta, e ainda não pode tomar vacina; Vinão era o fiscal de postura que recolhia as bolas dos moleques que jogavam futebol nas graminhas da cidade; no meu período quem fazia isto era o lendário Piauí, mas ele não era tão preocupado com as graminhas quanto dizem que o Vinão era.

Campinho da Feira

Meu lugar favorito de jogar futebol era na graminha da feira, onde hoje é uma praça; tínhamos como goleiro principal o Cesar Pinóquio i.m.; os zagueiros eram o Delmo e o Robinho da bicicletaria que compensavam a falta de habilidade com botinadas homéricas; dando proteção para os beques tínhamos o Fabinho Eugenio e o Zéinha Manjar sabiam cadenciar o jogo, e passava pro Ginho Guasca que só segurava a bola, e o Zenildo que sabia mandar bem pro ataque; onde eu e o amigo Pedro Pinto i.m. brincávamos com alegria.

Time da Barroca

Nosso principal adversário era o time da Barroca, que jogava onde hoje é a Praça Bortolo Poloni; ali eles eram duro na queda com Celso Batavo no gol, Edvaldo, Rica, Tesa e Edinho; grandes jogos foram feitos lá.

Grandes Craques

Apesar de sempre gostar muito de futebol, reconheço que nunca fiz muito para esta no hall do gomo da cana; como o Luiz Henrique que foi o primeiro pé vermeio a representar o Brasil, e trouxe uma medalha de prata nas olimpíadas de 1984; ou o Jabá que fazia o pivô, virava e mandava pras redes do JOFE; ou até mesmo como o Lemão Moro que muitos no Bico do Corvo consideram o melhor futebolista da história de Iracemápolis.

Muita História

É difícil condensar tanta histórias e causos em tão pouco espaço; os campinhos da cidade; os jogos nas ruas; os craques; os perebas; os donos da bola; os briguentos; mas o fato é que muitas amizades que levo até hoje foram feitas sujando os pés no esporte bretão.

Túnel do Tempo

Se a minha geração não tem nenhum nome que eu ache que chegou perto de se profissionalizar, a geração posterior poderia ter entrado para a história como a cidade com mais jogadores na Seleção, foi uma safra incrível de garotos que tinham muita intimidade com a bola; neste retrato vemos Betão, Fabinho Grilo, Pedrinho Gato com a 10, Gutinho, Marquinho Martins e Pigura; Julio Cesar; Elano, Pirú e Valtinho. Destes apenas o Elano se profissionalizou, mas posso afirmar que tanto o Gato d’Água, como o Pirú e o Gutinho poderiam ter tido sucesso no futebol; e faltaram neste retrato o Flavio Rosa, o Rafa Rossati o Perci e talvez algum outro que eu não esteja me recordando.

Elano e Peru 1988

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