“A Ágape tem no amor e serviço ao próximo sua razão de ser”
Entrevistamos Paulo Lima, supervisor da associação que vem fazendo a diferença na vida de muitas pessoas
Publicado em 30 de outubro de 2015
Paulo Giovani Lima, 36 anos, é supervisor da Ágape, uma associação que tem feito a diferença na vida de muitas pessoas, sobretudo adolescentes e jovens. Ele é casado com Patrícia C. da Silva Lima, também supervisora na associação, e concedeu uma entrevista à Gazeta sobre os projetos que realiza.
A Ágape fica na Rua Manoel de Menezes Filho, nº 155, Jd. Florescer. O telefone de contato é 3456 1881.
Como surgiu a Ágape?
A Ágape é fruto dos sonhos de uma comunidade que tem no amor e serviço ao próximo sua razão de ser. As ações amparam e acolhem pessoas de todas as idades, mas principalmente crianças em vulnerabilidade social e falta de perspectiva. O trabalho começou a partir da identificação de necessidades vitais em reinserir valores como amor, respeito, solidariedade, vida em família, proteção física e emocional. Ao perceber que era necessário não ficar omissos à realidade social de nossa cidade, nos reunimos e decidimos fazer algo. A missão é promover assistência social a pessoas menos favorecidas e em risco social, proporcionando a possibilidade de se desenvolverem integralmente.
Quem trabalha no local?
Nos projetos, contamos com a participação voluntária de profissionais. Na administração, somos em três, que se dedicam integralmente à associação: eu, minha esposa e nossa secretária Aline.
Como é feito a manutenção?
Somos uma organização independente de poderes políticos, econômicos e financeiros. 84% da receita vem dos membros da comunidade Ágape, que chamamos de dízimos e ofertas, e 26% de pessoas que se identificam com a missão, com venda de pizzas, parceria em festas da cidade e realização de projetos como o Ação entre Amigos.
Em que área eles são?
Eles abrangem diversas áreas do conhecimento: educação, esporte, cultura, meio ambiente, economia e hoje, graças a Deus, na área da saúde. Nossa mais recente conquista é atender crianças com dificuldade de fala, leitura e escrita, através de um profissional de fonoaudiologia, a Dra. Lenise Dantas. Algumas novas possibilidades estão em fase de reunião, como o projeto florescer, projeto de aula de circo, inclusão digital e projeto com refugiados.
A demanda é alta por vagas?
A procura tem sido muito boa. Uma consideração importante é que o índice de desistência é muito baixo. Alguns cursos tem lista de espera. Nosso público-alvo são famílias de baixa renda, visto que alguns projetos tem o objetivo de gerar uma segunda renda. A triagem é feita no momento da matrícula, através de uma entrevista.
Quem quiser conhecer ou ser voluntário, o que fazer?
A Ágape está de portas abertas a todos que quiserem conhecer o trabalho. Para se tornar um voluntário, a pessoa precisa se identificar com a visão, missão e valores da associação. A vida que Deus se agrada é aquela vivida em amor e serviço ao próximo.
Vocês fazem um trabalho na cracolândia, em São Paulo?
Há oito anos minha esposa Patrícia é voluntária no projeto Ação Retorno, que atua há 10 anos na região em São Paulo conhecida como cracolândia. A cada três meses vamos à capital promover assistência sócio/espiritual e orientações por profissionais técnicos. Lá oferecemos assistência às condições básicas e encaminhamento a clinicas de recuperação. Este ano tivemos um grupo de mais de 50 pessoas voluntárias.