A morte de não sei o quê
Publicado em 1 de novembro de 2019
Finados, Dia dos Mortos. Sinceramente eu não queria falar de morte, assunto tão doloroso quando perdemos pessoas queridas, mas essa semana, observando o conturbado mundo em que vivemos, não tem como falar de outro assunto. Vou falar de morte, mas não de morte de gente, eu quero falar da morte de não sei o que, não sei como chamar essa morte. Morte do intelecto? Não sei…
Essa semana só se via postagens de caneta nas redes sociais. Eu não entendi nada. Daí uma amiga me falou: “você não sabe da caneta azul?”. Eu respondi que não. Então ela me mandou um vídeo que não assisti naquele momento. No mesmo dia ao abastecer meu carro, o sempre simpático frentista também falou da tal caneta azul.
Apenas na noite seguinte consegui assistir ao vídeo, ler sobre seu “impacto” nas redes e pesquisei sobre o autor da música que teve multiplicado seu número de seguidores, ficou famoso, um país inteiro cantando sua música.
Semanas atrás todo mundo acompanhou o famoso funkeiro se enroscar com um vídeo muito infeliz deixando evidente a prática do bullying. Esse cara tem milhões de seguidores.
Enquanto isso tudo acontece, a gente observa crianças vestidas de caveiras andando por aí. Celebrando o quê? A morte.
Realmente estamos no Finados. É morte de não sei o quê.