Água escura: relatório aponta para canos de ferro


Publicado em 1 de maio de 2015

Um relatório que aponta possíveis motivos de alguns bairros terem recebido água com cor escurecida já foi entregue à Prefeitura. No entanto, segundo o prefeito Valmir Almeida (PT), uma segunda opinião deve ser ouvida antes de ações mais sérias. Por enquanto, a prefeitura diz que iniciou um processo de descarga da água que, segundo ele, já apresenta resultados positivos.

De acordo com o relatório apresentado, diz o prefeito, a principal causa da cor da água é o fato da cidade ainda ter canos de ferro em alguns locais. Por isso, a água apresentou alteração em alguns pontos e em outros não.

O prefeito informou que a situação começou a ocorrer devido ao racionamento. “Alguns canos deixaram de ser utilizados e tinham ar. Esse ar, em contato novamente com a água, nos canos de ferro, ocasionou essa alteração”, informou.

A Agência Reguladora (ARES PCJ), que fiscaliza o serviço, informou que acompanha o caso após ser informada, na semana passada, pelos vereadores iracemapolenses Messias Humberto de Oliveira (PROS) e José Carlos Padovan (PSDB) que entregaram um relatório com resumo do problema, e também pela imprensa.

De acordo com a nota, a ARES diz que monitora mensalmente a qualidade da água nos municípios associados e não verificou, até os relatórios do último mês, problemas com a qualidade da água de Iracemápolis.

“Já se sabe, por exemplo, que entre as motivações estão a idade das redes e a capacidade da Estação de Tratamento de Água, situações que devem ser corrigidas em definitivo apenas no médio e longo prazo. A ARES-PCJ acompanha com o DAE possíveis providências para minimizar a dificuldade de maneira imediata e todas as providências tomadas pelo município”, relatou a agência por meio de nota.

TUBULAÇÃO

Com relação ao problema dos canos de ferro, o prefeito diz que 25% da tubulação do município é deste material e que o ideal seria fazer a troca. No entanto, faltam recursos para isso. “Cremos que seja necessário investir cerca de R$ 1 milhão para a troca e não há meios neste momento. Precisamos buscar recursos por meio de emendas para conseguir fazer essa mudança”, cita.

Outra proposta feita pelo químico ouvido é a de alterar a composição química de tratamento da água para evitar essa reação. “Esse é o principal motivo de querermos ouvir uma segunda posição. Vamos buscar outro laboratório e verificar se o diagnóstico é o mesmo”.

Ele garante que a mudança ocorre somente na coloração da água e que o líquido, quando sai da Estação de Tratamento de Água (ETA) não apresenta nenhuma alteração. Não foi detectado riscos à saúde na água, mas a orientação de não consumir o líquido com cor escura permanece.

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