Berinha: “Desafio de Iracemápolis no saneamento é gigante”


Publicado em 20 de dezembro de 2019
Diretor do SAE fala sobre melhorias no setor e relata preocupação com o futuro da água (Foto: Divulgação)

Diretor do SAE fala sobre melhorias no setor e relata preocupação com o futuro da água (Foto: Divulgação)

O fim de ano chegou, o verão começa na próxima semana e mais uma vez a cidade pode passar por certa dificuldade para ter água na torneira.

No entanto, dessa vez a situação está melhor do que a de anos atrás, fruto de algumas ações tomadas pela Prefeitura. Entre elas, o trabalho realizado na Represa Iracema recentemente: tratores escavaram o fundo, retiraram a terra acumulada e, assim, ampliaram a capacidade de armazenar água.

Isso não significa, é claro, que a população pode se descuidar. “Economia é sempre uma boa ideia quando se trata de água potável”, frisa o diretor do SAE, Beranilso Dias Fraga, o Berinha.

Ele explica que ter água na represa não resolve o problema por completo. “O que determina mesmo é a capacidade de fazer o tratamento da água. E como todos sabem, a ETA já está no limite”, explica.

ÁGUA PARA MERCEDES

Um ponto chave é o caso da montadora Mercedes-Benz, que utiliza 500 mil litros de água por dia para operar, em média.

O Município, na época da instalação da fábrica, se comprometeu a tratar a água e levá-la até a empresa. Isso não foi cumprido na época, mas agora a obra que leva a água para os bairros próximos da Mercedes ficou pronta — e é certo que isso terá impacto na ETA.

Soma-se a isso o aumento da população, que já está chegando a 25 mil habitantes. Para completar, Iracemápolis tem loteamentos residenciais, comerciais e industriais à espera de aprovação.

“Estamos próximos de passar por crises de abastecimento, mas seguiremos trabalhando firmes em busca de soluções”, aponta. Diante desse quadro, o assunto “concessão” é recorrente. “O projeto de passar a gestão da água e esgoto a uma empresa especializada possibilita crescimento organizado da cidade, já que o atual sistema de abastecimento está no limite”, defende.

ELEVATÓRIAS DE ESGOTO

Berinha também informou que a Prefeitura realizou uma importante obra para o sistema de esgotamento sanitário do Município.

“Ficaram prontas as Estações Elevatórias de Esgoto, localizadas nos bairros Aquárius, Orquídeas, Distrito Industrial 2 e 4, próximas a entrada do Kempe e do sítio Torioni”, disse.

Ele explica que o trabalho ajuda em problemas antigos, entre eles a volta do esgoto em residências e o despejo in natura no Ribeirão Cachoeirinha.

CONVÊNIO

O projeto de reforma das Estações Elevatórias foi adquirido pelo prefeito Fábio Zuza por meio de parceria com o Consórcio PCJ.

Josiane Nolasco, gestora de Convênios da Prefeitura, informou que a obra teve investimento de R$ 3,9 milhões por meio de convênio com o Governo do Estado. Desse total, R$ 277 mil são recursos municipais.

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