“Contra-Mão”

Nossa cidade já teve muitas bandas, mas nenhuma deu tão certo quanto a “Contra-Mão”. Quem viveu os anos 80 e 90 sabe bem: ela realmente era muito boa, empregava músicos, dançarinos, técnicos, roadies e motorista, tinha ônibus próprio, uma agenda cheia e fazia turnês em todo o estado de São Paulo. Em muitos casos, tocava fora também, especialmente no sul de Minas e no Paraná.

A banda ficou na ativa por quase 20 anos, se contarmos a fase em que se chamou “Sabotagem”, e entrou para a história cultural de Iracemápolis por ser protagonista de grandes eventos. Foi ela, por exemplo, a primeira banda a tocar na Festa do Caldo de Cana, ainda com seu primeiro nome, em 1985. Isso sem contar os famosos carnavais que fazia no CRECI, quando botava não só a cidade, mas toda a região para dançar. Que tempos eram aqueles!

Durante a sua trajetória, muitos músicos passaram por ela. No entanto, a formação “clássica” foi a que durou mais tempo e fez mais sucesso. Era composta por Lauro Pissolito (guitarra), Adebrail De Nadai (baixo), Marco Martinatti (bateria) e Nivaldo Menezes (voz). Eles viajaram juntos por mais de uma década e fizeram bailes, formaturas e eventos diversos, numa média de quase 80 shows por ano!

Por isso, fico pensando em como seria legal montar um documentário para mostrar o quanto a banda foi importante na vida de muita gente, com as histórias que aconteceram na estrada, os fatos curiosos, os trabalhos diretos e indiretos que gerou, seu repertório e figurino, os ensaios, cartazes, entrevistas com os músicos e, se possível, imagens de época — sobretudo dos grandes carnavais, é claro.

É ou não é uma boa ideia?