Crianças…
Publicado em 14 de abril de 2017
Desde o conflito iniciado na Síria em março de 2011, 1 milhão de crianças já foram registradas como refugiadas, segundo informações da ONU (Organizações das Nações Unidas). As crianças compõem a metade da população de refugiados do conflito sírio.
Em levantamento feito pelo ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) e o do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), cerca de 740 mil crianças refugiadas sírias têm menos de 11 anos de idade. A maior parte delas está no Líbano, Jordânia, Turquia, Iraque e Egito. Segundo as agências, os sírios têm buscado abrigo em países do Norte da África e a Europa.
De acordo com o chefe do ACNUR, António Guterres, o que está em jogo é a sobrevivência de uma geração de inocentes. “A juventude síria está perdendo sua casa, os membros de sua família e seu futuro. Mesmo que cruzem a fronteira e encontrem segurança em outro país, estes jovens estão traumatizados, deprimidos e precisando de esperança.”
Já o diretor executivo da Unicef, Anthony Lake, diz que as consequências do refúgio de crianças também são o sequestro e as remoções forçadas. “Um milhão não é apenas mais um número. Significa que crianças foram realmente tiradas de casa, talvez até mesmo tiradas de sua família, encarando situações de horror que mal podemos imaginar.”
Desde o início do conflito, pelo menos 7.000 crianças foram mortas, segundo o ACNUDH (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos)’.
A reportagem acima é de Monica Ribeiro e Ribeiro e foi postada em 2013 no site do jornalggn (www.jornalggn.com.br). Já se passaram quatro anos e nada, absolutamente nada mudou. Um bombardeio aéreo que liberou “gás tóxico” na província de Idlib, norte da Síria, matou 58 pessoas, entre elas nove crianças, na terça-feira (4) de abril de 2017, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Muitos números são divulgados pela mídia mundial. Muitos questionamentos são levantados de um lado e de outro. Nunca sabemos direito a fidelidade das informações. Na verdade não temos um real entendimento desses conflitos.
O que temos plena certeza é de que tiram a chance de pessoas terem uma vida digna, simples assim. Isso quando elas sobrevivem! Me de um argumento para expor crianças a esses massacres?