Decepcionar é mais fácil

Todos sabem que 2016 é ano eleitoral. É quando os cidadãos escolherão novamente seus representantes no Executivo e Legislativo. No entanto, muitos também percebem que a corrida eleitoral começou com o início de 2015.

Muitas são as especulações sobre os nomes que concorrerão, mas também há algumas certezas. Cresce o número de gente que aponta defeitos que até ontem, não pareciam incomodar. Também crescem as desculpas sobre o que não é feito.

No entanto, entre quem promete mudanças para o futuro e quem tem que cumprir o que já comprometeu, a segunda opção é mais complicada de se fazer. Decepcionar é mais fácil.

Na última semana, não sem motivo, o iracemapolense passou a fazer diferentes queixas. Falta água limpa na torneira, falta uniforme escolar, falta hospital para tratar uma epidemia de dengue. Também ainda falta a casa própria para o pobre que não aguenta mais pagar aluguel. O resultado? Sobra reclamação.

E o povo tem que se fazer ouvir mesmo. Afinal, nenhum serviço é gratuito. Pagamos por eles e o mínimo que se espera, é ter serviços prestados com qualidade. Também esperamos que tenha gente no Legislativo fiscalizando, incomodando e exigindo respostas.

A população precisa ter cautela. Não com o que falar, mas com quem ouve. Esse ano, e no próximo, é comum que muita gente finja se interessar pelos problemas, apresentem propostas com o foco na corrida eleitoral e não verdadeira preocupação com a cor da água ou se a dona de casa tem uniforme para seus filhos.

Analise com cuidado porque o poder de escolher seus representantes é forte, mas só é concebido uma vez a cada quatro anos. O serviço está bom? Mantenha. Não está? Troque. Mas faça isso com responsabilidade e com seriedade sem se deixar levar por discursos vazios. Até porque, como já foi escrito neste espaço, esse tipo de discurso muda após o ano eleitoral. Isso todos já sabemos.