Dinheiro público
Publicado em 8 de fevereiro de 2019
Gastar menos do que se ganha é uma regra de ouro para manter as contas em dia. Isso vale em todos os casos: da pequena a grande empresa, passando por nossas finanças pessoais.
Se um trabalhador recebe R$ 2 mil por mês como salário, de alguma forma ele precisa adequar suas contas a esse valor. Do contrário, terá prejuízos mensais e verá sua dívida aumentar a cada dia.
Embora isso seja claro, nem sempre os governos agem com essa lógica. Acabam gastando mais do que podem, mais do que arrecadam, e com isso geram problemas de ordem financeira. Gestores públicos, muitas vezes, trabalham a partir da lógica de que “abrir a mão”, “dar regalias”, é uma forma de conseguir votos.
Mas isso nem sempre dá certo. A título de exemplo, em 2016, o jornal Folha de S. Paulo fez um estudo e publicou o “Ranking de Eficiência dos Municípios”, avaliando cidades de todo o país. Foi revelado que as prefeituras que mais haviam inchado suas contas eram as menos eficientes no atendimento à população. Isso porque gastavam mais do que podiam, e errado, esvaziando o caixa.
Por essa razão, é muito boa a notícia que a Gazeta de Iracemápolis trouxe na última semana: “Prefeitura equilibra o orçamento após 6 anos”. O texto mostra que, em 2018, a Prefeitura de Iracemápolis conseguiu equilibrar “receitas x despesas” pela primeira vez desde 2012.
Ou seja, a Prefeitura conseguiu adequar seus gastos àquilo que ganha (no caso, arrecada), sinal de responsabilidade com a causa pública.
Vale dizer, no entanto, que isso gerou um custo político alto para o prefeito Fábio Zuza. Para chegar a esse patamar, foi preciso fazer ajustes em diversos setores, cortar antigos privilégios e tomar decisões de forma técnica — ações que, em geral, não encontram apoio no meio político.