Dívida com a Elektro sobrecarrega contas da Prefeitura até 2019

Pendência é superior a R$ 3 milhões e tem origem em 2014; parcela de janeiro é de R$ 200 mil


Publicado em 20 de janeiro de 2017

A dívida que a Prefeitura tem com a Elektro, responsável pela distribuição de energia para a cidade, vai sobrecarregar as contas públicas até o ano de 2019. A cifra é na casa dos milhões e precisa ser paga em parcelas mensais altas. A de janeiro, por exemplo, vence dia 31. O boleto é de R$ 200 mil.

O problema foi gerado porque a Prefeitura deixou de pagar a energia entre os anos de 2014 e 2016. A Elektro cobrou a dívida que havia sido parcelada.

Até o final de 2018, a Prefeitura precisa quitar R$ 3.121.861,37, além da inflação do período, em parcelas que chegam a R$ 250 mil. O orçamento municipal estará livre da despesa só em 2019.

O dinheiro público encaminhado à Elektro não se limita a essa dívida. É preciso lembrar que, além do pagamento das prestações, há os custos mensais de energia da Prefeitura, sem os quais a cidade fica no escuro. São mais R$ 180 mil por mês.

“Escolas, repartições públicas e praças, entre outros locais, não podem ficar sem eletricidade. Assim, não tem como congelar essa despesa. Vamos ter que pagar dobrado: a energia do mês e uma parcela da energia consumida anos atrás, que não foi paga pela antiga gestão”, afirma o vice-prefeito, Messias de Oliveira.

Para tentar fechar a conta, a ordem é economizar. “O prefeito Fábio Zuza orientou a cortar gastos. Se em épocas normais o desperdício de energia elétrica já é ruim, em momentos como esses passa a ser inaceitável”, completou.

Prejuízo

O prejuízo da Prefeitura com a dívida herdada atinge outras áreas do serviço público. Em maio, por exemplo, o valor da parcela será de R$ 250 mil. Com esse montante saindo dos cofres públicos, a programação de aniversário da cidade está comprometida.

“O cobertor é curto, na hora que você cobre a cabeça, descobre os pés”, diz Messias.

O setor financeiro corre para encontrar alternativas, mas, por ora, o que pode ser feito é cortar as despesas e pagar os boletos em dia, pois, se atrasarem, os juros também são altos.

“As pendências são muitas. Só com a Elektro, a dívida passa de R$ 3 milhões. É um valor que daria para construir, por exemplo, quatro novos postos de saúde”, concluiu.

Procurado pela reportagem, o ex-prefeito Valmir Almeida, atribuiu à crise finaceira , o parcelamento da dívida com a Elektro.

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