Eletrônicos vão ficar mais caros

Celulares, tablets, computadores e outros eletrônicos do gênero vão ficar mais caros. A informação é concreta e foi divulgada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em seu portal. O aumento deve chegar a 10% em dezembro.

Os preços vão subir porque o Governo decidiu voltar a cobrar PIS e Cofins sobre a venda de produtos de informática. Quem comercializa smartphones, notebooks, modens e roteadores vai pagar entre 3,65% e 9,25% a mais de impostos. Calcula-se que a medida vai fazer o Governo arrecadar R$ 6,7 bilhões no ano que vem. Porém, a Associação Brasileira da Indústria Eletrônica diz que os lojistas vão repassar o aumento para o preço final, arcado pelo consumidor. Isso porque a carga tributária de celulares e computadores (33,6%) já é alta.

Outro ponto negativo diz respeito ao aspecto social. A medida pode resultar em dificuldades para a inclusão digital da população mais pobre.

Diante do cenário, vale a pena refletir sobre o que disse João Carlos Brega, presidente da Whirlpool para a América Latina, dona das marcas Brastemp e Consul. Em entrevista ao “Estadão” esta semana, ele criticou a tentativa do Governo de sair da crise via aumento de impostos: “Como qualquer empresa, o ajuste tem de ser pela despesa. A equação de impostos chegou ao limite”.