Eliane: “Desafio contra a dengue é coletivo e solução começa em casa”


Publicado em 21 de junho de 2019
Diretora da Vigilância Epidemiológica e Sanitária fala sobre o combate à doença (Foto: Divulgação)

Diretora da Vigilância Epidemiológica e Sanitária fala sobre o combate à doença (Foto: Divulgação)

O estado de São Paulo passa por uma epidemia de dengue e a cada dia torna-se mais necessário ampliar as ações de conscientização, prevenção e combate à doença. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, em nossa região praticamente todos os municípios já saíram do estágio de “alto risco” para o quadro de epidemia.

Iracemápolis não está fora desse contexto. A informação é da Prefeitura, por meio da diretora do setor de Vigilância Epidemiológica e Sanitária, Eliane Raetano, que revela que a cidade registra 120 casos de janeiro até o momento.

“Estamos ampliando os trabalhos de combate, mas precisamos do esforço conjunto da população”, afirma. Ela explica que prevenir a dengue começa em casa e cada morador deve fazer a sua parte. “As ações da Prefeitura devem continuar e aumentar, mas não serão suficientes se cada cidadão não tomar certos cuidados”, frisa. Na entrevista a seguir, ela detalha o assunto e passa orientações importantes.

Basicamente, o que é a dengue?

É uma doença viral transmitida por um mosquito. Existem quatro tipos de dengue. Em nosso município, estamos tendo a circulação do vírus 2. A doença pode evoluir para formas graves, podendo levar a morte.

Que outras doenças o mosquito transmite?

O Aedes aegypti também transmite zika, chikungunya, febre amarela e, agora, a febre de Mayaro, uma nova infecção que causa febre com fortes dores musculares.

Que medidas tomar para evitar a proliferação do mosquito?

Tem que ter consciência comunitária, ou seja, entender que aquilo que se faz em casa (ou deixa de fazer) afeta toda a vizinhança. Por isso, todo cidadão deve cuidar de sua casa e quintal, eliminando tudo que acumule água, bem como criadouros de locais de trabalho e lazer.

Como se trata a dengue?

O paciente deve permanecer em repouso e beber muito líquido. Medicamentos só podem ser receitados por um médico.

Quais as próximas ações da Prefeitura?

Vamos ampliar os mutirões e as visitas casa a casa, com as agentes conversando com a população, dando orientações e eliminando criadouros. Também vamos ampliar ações em empresas e com as crianças nas escolas.

A população tem colaborado?

Preciso alertar para um problema, que são as casas fechadas. Quando isso acontece, é deixado um bilhete para a pessoa entrar em contato e agendar um dia para o retorno. Precisamos que o morador entenda isso e retorne o contato. As pessoas não devem dificultar ou recusar a visita de uma agente de saúde pública.

Profissionais têm elaborado novas estratégias de combate?

Sim, estamos sempre nos reunindo na Sala de Situação, um espaço de reuniões entre setores para medidas de combate. É uma sala multiprofissional de trabalho em equipe.

Onde procurar mais informações?

Temos profissionais para dar orientações em todas as Unidades de Saúde. Isso pode ser feito na “Angelina Platinetti Massari” (3456 3930), “Dr. Ângelo Arlindo Lobo” (3456 3897), “Maria Neves Alexandrino” (3456 3200) e Coordenadoria de Saúde (3456 3867).

Deixe uma última mensagem.

Neste momento, a população precisa entender que o desafio da dengue é coletivo e a eliminação de criadouros depende de todos. Sem criadouros, não há mosquito e sem mosquito não há doença.

Deixe uma resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.