Falando da Cidade – 01 de maio de 2015
Publicado em 1 de maio de 2015
“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.” Fernando Pessoa
Este verso do grande poeta português reflete muito bem o sentimento bairrista que devemos nutrir para buscar o melhor para nossa cidade.
Iracemápolis não tem o título de Cidade Maravilhosa como a capital fluminense; nem tão pouco de Cidade Luz como a capital francesa; também não é a cidade que nunca dorme como a Terra da Garoa; mas Iracemápolis é a cidade que escolhemos para termos nossas famílias e amigos; e não há nada tão bom no mundo como sentir o carinho de pessoas que amamos.
Sou de Bate-Pau sim, como costumam me chamar pelas cidades da região; e mesmo cientes dos problemas que temos; para os amigos de fora prego como sendo aqui que temos tudo o que há de melhor.
Podemos nos tornarmos a Cidade Qualidade, tendo em vista que em breve os melhores carros do Brasil serão montados em terras de Iracema.
O grupo Martins Lara aportou em nossa cidade buscando consolidar nome Real Telhas como referência em coberturas residenciais.
Temos fábricas de móveis (Casimiro e Zarro) que levam o nome de nossa cidade por todo o Brasil; a geleia Mocotop estampa em sua embalagem a frase Tradição de Iracemápolis; cada motociclista que vejo passar com um capacete com o a marca Peels ou Biefe, sei que um iracemapolitano o ajudou a fazer; até mesmo nossas sorveterias ao redor da praça são conceituadas pelos nossos vizinhos.
Cabe a nós iracemapolitanos (nascidos ou recebidos de braços abertos como diz em nosso hino) buscar o melhor para ela, pois não só nosso futuro, mas também de nossos filhos e netos depende das atitudes tomadas hoje.
Que o presente pelo sexagésimo primeiro aniversário de Iracemápolis seja sabedoria para que nossos governantes saibam conduzir os projetos para cada vez mais nos orgulharmos de dizermos que somos de Iracemápolis.
Orgulho de ser Iracemapolitano
Esta semana fui presenteado com um senhor procurando pelo seu Lorival Zacharias porque queria lhe dar um presente. Um retrato de 1958 quando eles foram campeões pelo São Vicente da Geada.
Fiz questão de conduzir o Seu Toninho Pessate até a casa do Lorival para ver este reencontro após quase sessenta anos. Segundo Pessate seu Lorival era um meia-esquerdahabilidoso que hoje jogaria em qualquer time do Brasil.
Há uns 15 anos atrás, comecei a jogar futsal duas vezes por semana com a turma do Lorival no ginásio de esportes; era uma turma diferente por ser quase todos de cabelos brancos e com movimentos mais lentos compensados pela sabedoria dos anos.
Seu Lorival orientava os mais novos que estávamos ali para participar, mas que devíamos compreender e respeitar os anos há mais que eles carregavam. Talvez com ele eu tenha aprendido a observar os idosos de uma forma diferente, e entre eles fiz muitos amigos; alguns já se foram como é o caso do Hilário Torrezan; outros como o caso do Lorival ainda batem sua bolinha.
Mas o que também chama a atenção para o seu Lorival é que mesmo ainda conduz com gentileza e dedicação aquele enorme ônibus até as vizinhas cidades de Limeira e Piracicaba.
Gostaria de agradecer ao Toninho Pessatte por ter me proporcionado a chance de prestar esta homenagem ao seu Lorival Zacharias, que por causa de pessoas como ele que costumo dizer. – Tenho orgulho de ser iracemapolitano.