Falando da Cidade – 31 de julho de 2015


Publicado em 31 de julho de 2015

Gosto de homenagear as pessoas que admiro enquanto ainda posso mostrar para elas o quanto é importante sua história para as pessoas que a amam. A danada da Dita Bahia seria homenageada neste espaço quando completaria 85 anos em novembro, mas os planos do Pai quiseram que ela fosse pra perto Dele, restando para todos que a conheceram apenas a saudade, e os contos e causos que serão imortalizados nas histórias de Bate-Pau.

Qual criança que não foi na creche que não morria de medo das broncas da vó Dita.
Vamos rir relembrando as rifas que só a Lena e o Cheiro Doce ganhavam (ultimamente a sorte estava com a Cindy Scherrer).

Sempre que ouvir a música do Mazaropi – Nhéc, nhéc, nhéc a Véia é de amargá vou relembrar a risada da Dita.

Não vamos mais provocá-la dizendo que o Edir Macedo está negociando Tambaú, pra ouvi-la dizer “- no tempo de falar besteira, pega o terço e vai rezar”.

O Bico do Corvo se despediu na última semana da única mulher que sentava no meio dos homens sem pedir licença, e sem se despedir também ela partiu. O terceiro banco do lado direito na igreja Matriz não será ocupado pela senhorinha com cara de brava mas um coração de veludo.

Partiu abençoada, sem sofrer, sem deixar preocupação para os que a cercavam. Entrou caminhando no P.S. e saiu para entrar para a história de Bate-Pau. Até seu velório foi especial, imagino a Dita Bahia rindo alto ao ver os amigos chorando na sala errada.

Vamos relembrar de você em momentos como este recebendo um abraço do Serjão do Palmiro, que ela chamava de Patrão; vamos também rir muito do dia que ela levou um corotinho vazio de cachaça Pedra 90 para encher de água benta, e na saída teve que aguentar o Florindo a atazanando como fez até na última e derradeira quinta-feira.

Descanse em paz Dita.

Dita-Bahia-e-Palmiro

Dita-Bahia-e-Florindo

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