Falando das Personalidades – Parte 2


Publicado em 23 de abril de 2021

 

Falando das Personalidades

Semana passada falei sobre algumas “lendas” batepaulenses; foi um sucesso e poderia fazer várias edições que ainda assim teria enredo de tanta gente interessante que já passou por nossa cidade; mesmo que sem querer, apenas homens foram citados, e para fazer jus aos seres mais próximos da perfeição que Deus criou, vamos à uma seção das batepaulenses que fazem parte da história de Iracemapolitana.

Dona Germana

Chegou aqui com seu sotaque europeu muito carregado, e por ser germânica, convencionou-se chama-la de Dona Germana; ela morava na rua Alta Oliveira Simões, tinha uma porção de gatos, e trouxe muitas ideias inovadoras do velho continente; todos a respeitavam, e as crianças morriam de medo dela porque ela era a enfermeira que aplicava as injeções, e também fazia muitos partos; seu nome ninguém que eu conversei sabe ao certo, por isto em sua sepultura está somente como “Dona Germana”.

Dorva

Com seu jeito humilde e que passava confiança, dona Dorva dava conta de deixar o CRECI nos trinques, ficava muito brava quando alguém chamava o filho de Piruca; ela já retrucava que o nome dele é Alexandre.

Brasa

Dona Brasilina era uma figura fácil de ser encontrada em todo lugar que tivesse uma música tocando, lembro que via a Brasa chegando da roça sempre com muito bom humor, e disposição; e nos finais de semana nos bailinhos, quermesses ou arrasta-pés lá estava a Brasa procurando par para dançar.

Camila Chama Salibe

A turca que dá nome a rua 5 do Jardim Iracema foi uma mulher à frente do seu tempo, ainda nos anos 40 ela usava calças compridas e guiava seu jipe pela cidade; e tinha fama de enfrentar qualquer homem que tentasse contraria-la.

Dita Bahia

Ai que saudades da bunetezica da Dita, chegava com sua sacolinha com as rifas, e quase nos obrigava a comprar um número; sempre com seu terço em punho, a brincadeira que eu gostava de fazer com ela era dizer que Pirapora tinha sido vendida para o Edir Macedo, era falar e correr da bengalada.

Dora do Pedágio

Ainda com muita disposição, a vó Dora pode contar um pouco de toda sua luta de cortar cana de dia e coordenar uma frota de carrinhos de lanche à noite; querida por todos da cidade; a Dora do Pedágio é um ícone vivo de Iracemápolis.

Maria Nicolau

A mulher que me ensinou a emendar as primeiras letras; sempre que a vejo agradeço por ter sido minha primeira professora; figurinha fácil nos carnavais do clube; faz todas as manhãs sua caminhada para manter a forma.

Ina benzedeira

Qualquer dor de barriga, ferida, ou constipado que uma criança tivesse, era quase certo que a mãe ia na rua da feira procurar a dona Ina para fazer um benzimento.

Ika Chinelatto

É uma maravilha olhar na área da casa ao lado da Câmara dos Vereadores, e ver aquela senhora tão linda e sorridente observando o movimento; e mais gostoso ainda é saber que aquela mulher com tanta sabedoria e história para contar foi nossa primeira 1ª Dama.

TUNEL DO TEMPO

Maria Mundiçia

Carregando bolsas e sacolas com perfumes e catálogos de todo tipo esta era a Maria Mundicia, apelido que herdou do pai. Como o marido Pedro Gato gostava de uma marvada ela não podia contar muito com ele; ela reclamava; não, Maria arregaçava as mangas e mostrava o que é ser guerreira vendendo artesanato na Praça nos finais de semana. Simpática e boa prosa a Maria estava sempre a negociar para dar o melhor possível para os filhos Dani, Piranha, Ralf, Pedro e Mariele; este retrato feito pelo Célio do Vilo há dez anos merecia estar no museu de Iracemápolis se tivéssemos um.

Maria_Mundiçia_2011

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