Falando de Bate-Pau
Publicado em 9 de abril de 2021
Falando de Bate-Pau
Ainda dando segmento nas recordações batepaulescas, vamos relembrar um pouco de como era o movimento dos jovens de Iracemápolis em tempos não tão remotos assim.
Vamos na Praça
Quando alguém falava esta frase não era preciso explicar que se tratava da Praça da Matriz; pois ali era o ponto principal de encontros, de reuniões e de principalmente, paquerar; dezenas de jovens ficavam curtindo as noites até chegar a hora de começar o “som” no CRECI.
Roteiro do CRECI
As noites de sexta-feira as apresentações eram no salão menor do clube (onde hoje é a academia), bandas sem muito espaço mostravam seu potencial; as discotecas eram comandadas por equipes de som, as mais famosas eram a Garden que era de Iracemápolis, e a minha favorita era a Stúdio 88; aos sábados começavam às 23 horas e aos domingos às oito da noite.
Panos da Moda
Para meu padrão financeiro eram quase inalcançáveis, mas ir para a discoteca com uma camiseta 775, uma calça da Transport, e um tênis M2000 no pé era o must da moda no fim dos anos 80.
Figuras do Som
Na porta do clube o Bidão ou o Sizino conferiam se a mensalidade estava em dia; no bar o comando era do amigo Célio do Vilo; na segurança o Malachias e o Chicão Roque só observavam os mais animados; nas pick ups os irmãos Jardim (o Wagnão já fazia estágio com eles) da Garden Som colocavam a galera para dançar; falando em dançar Beto e Bal arrebentavam nos passinhos; o Toninho Granço sempre bravo com quem tentava acompanhar seus inigualáveis passos, o Rosano esperando tocar Twisted Sister; e na hora das lentas que não tinha par saia rapidinho da pista para não morrer de inveja.
Domingos à Tarde
As tardes de domingo também eram cheia de gente bonita desfilando na praça; outros tomando uma cerveja no Pedágio com o atendimento especial do Demácio e o Capim jogando palitinho; atrás da igreja ficava a Pop’s Lanches, e os mais veteranos vão lembrar as história do Ponto Chic, que funcionava onde hoje é o prédio.
Bar da Márcia
Em frente à banca ficava o bar da Márcia Forti (de quem eu comprei meu primeiro fusquinha) onde sentávamos na calçada para observar o movimento; quando o Bráulio chegava, fazia cara de poucos amigos, e em poucos minutos chegava o opalão da PM.
Bailes Especiais
Alguns bailes mudavam a rotina da cidade, o Baile do Hawaii fazia lotar os salões de beleza; o Reveillon fazia esgotar as roupas brancas da Celio’s modas; os bailes de carnaval esgotavam os sacos de açucar alvejados que viravam fantasias; e assim era um pouco das curtições dos anos 80 e 90.
Positivo ( + )
Há algum tempo o Marcus da Stoccar Pneus comentou sobre um cana do Youtube com dois iracemapolitanos que mostram como executar pequenas obras, e desde então venho acompanhando o Casal à Obra com Júlia e Gui Honorato (filho do amigo Jainha), e ontem observando os detalhes vi que eles estão chegando aos 100.000 inscritos no canal, e que merecem meus parabéns porque eles são muito talentosos e divertidos.
Túnel do Tempo
Como o CRECI era o principal point entre a juventude de Iracemápolis, nada mais natural que a “apresentação” destes jovens acontecesse no clube com um baile cheio de formalidades e ritos; as mulheres se produziam; bandas conceituadas eram contratadas, e até mesmo apresentadores famosos vinham fazer as apresentações; neste retrato vemos um “esquenta” do Marcos Manfredi, Márcia Toledo, Pedrinho Dentista, Jorge costa, Ieda Menezes e Kátia Martinatti antes do baile que teve a presença do ator Luiz Ricardo.