A figura paterna


Publicado em 8 de agosto de 2014

Como pode ser chamado de pai aquele que pratica jiu-jítsu com o próprio filho pequeno levando-o à morte, ou aquele que permite que o filho se arrisque em frente às jaulas de animais selvagens, provocando-os e levando-os a atacá-lo, por sorte não perdendo a vida, mas perdendo um membro importante de seu corpo, situação que fará o pai chorar o resto de seus dias toda vez que olhar para o filho. Histórias assim, tão peto do Dia dos Pais nos entristece e ao mesmo tempo, nos faz valorizar aqueles que representam de verdade a figura paterna: orientam, dão segurança, são amigos, estão sempre incentivando os filhos, sendo exemplos de atitudes de respeito, aconselhando-os com experiência de vida.

Pai é aquele que cuida com carinho, que acompanha mesmo às vezes estando longe e disciplina com firmeza, porém com amor.

Claro que sabemos que tem filhos que veem o pai apenas como uma máquina registradora ou um caixa eletrônico, que o criticam pelas costas e não aceitam seus conselhos, mesmo sabendo que ainda dependem dele para viver; outros que o abandonam no momento em que eles mais precisam, na velhice, ignorando o quanto eles lutaram com dignidade para dar-lhes uma vida melhor…

Há pais e pais, como há filhos e filhos. Nesse Dia dos Pais, que na verdade como tantos outros “dias” acaba sendo apenas uma data comercial, a reflexão que devemos fazer é que tipo de pais estamos sendo ou que tipo de filhos estamos sendo. Ao contrário de correr comprar uma lembrancinha para entregar nesse domingo e depois se lembrar do pai só no domingo do ano que vem, seria uma boa ideia procurar estar um pouco mais ao lado daquele que merece nosso respeito e amor, e se por ventura, alguém achar que seu pai não merece nem lembrancinha, nem amor, por uma falha passada, um erro cometido, que aliás todos cometemos, com certeza ele merece respeito e quem sabe uma oração… Se for um pai como os citados no inicio do texto, a justiça do mundo e a divina cuidarão deles, a nós cabe seguir em frente, não se esquecendo do nosso principal papel como filhos: honrar pai e mãe, a fim de que tenhamos vida longa na terra que o Senhor nos dá (Êxodo 20:12).

Para os que infelizmente perderam seus pais, temos Deus, nosso Pai no céu, que os acolheu e nos acolherá quando chegar nossa vez de partir também e nos fará reencontrar aqueles que tanto amamos e que já estão em Seus braços.
Um grande abraço para todos os pais, especialmente ao meu papaizinho querido Alcides Fazanaro.

 

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