Ibicaba, Santa Gertrudes e Morro Azul
Publicado em 27 de março de 2015
Escrevi na última edição sobre três fazendas importantes que rodeiam Iracemápolis. A ideia de falar sobre elas veio após uma pesquisa que fiz para a revista “Autêntica Regional”. Como gosto do tema, aproveito para compartilhar mais sobre o assunto aqui.
Sobre a Ibicaba, que fica em Cordeirópolis: ela foi berço da imigração europeia na região, sendo aberta em 1817. Tem um grande conjunto arquitetônico que inclui uma capela com altar de madeira, torre de relógio, senzalas, tulhas e aquedutos feitos por escravos. Dentro dela, dá para sentir a natureza fazendo um passeio ecológico pela mata preservada.
Sobre a Santa Gertrudes: foi fundada em 1854, e por volta de 1890 o proprietário Conde de Pratas construiu em seu interior uma das mais completas estruturas de plantação de café do país, com ferraria, carpintaria, armazém, escola, barragens, mirante e uma usina a vapor para gerar energia elétrica. O avanço para a época era tanto que a fazenda tinha sua própria moeda! Hoje, toda estrutura ainda está preservada. A sede tem arquitetura francesa e é muito bonita.
Por fim, sobre a Morro Azul: sua formação começou em 1820, e o brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão, um dos maiores defensores da Independência do Brasil, foi o primeiro proprietário. A sede foi feita entre 1868 e 1877, e o material para levantá-la veio da Europa, como canos, vidros, portas e janelas. Por ter hospedado duas vezes o Imperador Pedro II, ficou conhecida como “Casa de Dom Pedro”. É a única sede rural do país com azulejos ingleses na fachada, tem papeis de parede franceses, móveis do século 19, capela, riacho, grutas e um conjunto de salas de banho chamado de “Termas do Imperador”.
Com empenho, dá para visitar todas — e vale muito a pena!