Mcfly chega em Iracemápolis
Publicado em 30 de outubro de 2015
Você não assistiu a trilogia ‘De volta para o futuro’? Então corra assistir. Diversão e muitos risos estão garantidos. Mas com certeza, por esses dias, você ouviu falar do ‘DeLorean’, carro que se torna uma máquina do tempo nos filmes dessa franquia. O personagem principal, Marty McFly viaja no tempo dentro desse carrão indo de 1985 para o futuro 2015, mais exatamente 21 de outubro. Algo lhe diz respeito? Fiquei então pensando que Mcfly aterrissou em Iracemápolis, na Praça da Matriz, que gosto de chamar também de ‘Praça da Matrix’.
Trinta anos depois parece ser bastante tempo. Trinta anos seria tempo suficiente para evoluirmos muito em várias questões sociais, principalmente nas mais simples e óbvias. Um exemplo, já que o assunto envolve carro é o Trânsito. Imagino que a sensação de McFly, ao dar um ‘rolê’ pela cidade, seria de que viajou para o passado, ou no mínimo, pensaria que algo nesses trinta anos não evoluiu.
A seta de direção, apesar de ser um item existente nos automóveis dos dias de hoje, pareceu a Marty, estarem todos desativados. Em quinze minutos quase se chocou com cinco automóveis, pois eles mudavam de direção subitamente, sem aviso prévio. Ao passar em frente ao Bradesco, na rua Coronel José Levy, o nosso personagem observou veículos estacionando em vagas exclusivas para deficientes e idosos. Foi uma surpresa quando viu os motoristas saindo de seus carros. Ambos não apresentavam nenhum tipo de deficiência aparente, e muito menos traços que os indicavam serem idosos.
Marty McFly também percebeu que os motoristas não usavam um utensílio básico de segurança: o cinto. Pensou que as pessoas do futuro tinham se tornado suicidas por opção. Em seguida, não acreditou no que estava vendo. Perto de uma creche, vários pais motoristas traziam (como se isso fosse a coisa mais normal do mundo), seus filhos no colo. Sorriam, achando graça em fazer a criança, ainda bebê, guia do automóvel. Sorriam colocando seus filhos em extremo perigo. Outros, percebeu Marty, iam mais longe. Além da criança no colo falavam em um telefone e brincavam com o cachorro solto dentro do automóvel. Marty McFly não teve dúvida, digitou em seu painel do tempo trinta anos atrás, e foi contar aos seus o como o homem era insensato no futuro.