Modelos influenciadores


Publicado em 27 de junho de 2014

Desde pequena, a criança imita os adultos. Na vida dela, o modelo que ela segue é o do pai, da mãe, e aos poucos, crescendo, ela vai conhecendo outras fontes de influência que vão determinando grande parte de suas atitudes no futuro: professores, amigos, artistas e também os jogadores de futebol.

Em tempos de Copa do Mundo e deixando o futebol um pouco de lado, podemos acompanhar o tamanho da comoção entre adultos e crianças diante de seus jogadores favoritos. Muitos, e principalmente as crianças, imitam os cortes de cabelo, o modo de falar, querem a camiseta com o nome do jogador e por aí vai.

É maravilhoso esse poder de influenciar pessoas e as pessoas não se dão conta da imensidão desse poder na vida de uma criança. A pergunta que fica então, e que todos os influenciadores deveriam fazer é: “Que tipo de influência estou sendo para alguém?”. Se todos sabemos que alguém sempre está nos observando e muitas vezes, nos tem como modelo de alguma coisa, então precisamos saber que tipo de modelo estamos sendo.

Quem é pai deve refletir que tipo de influência está sendo para o filho, nas palavras que fala com ele, nas atitudes que tem com a família. Os professores devem refletir qual influência suas aulas, suas atitudes e palavras terão na vida dessa criança, porque criança nasce sem saber nada: sem saber falar (isso inclui sem saber falar palavrão), sem saber mentir, sem saber o que é um abraço, um beijo, um carinho e também sem saber o que é uma palmada, enfim sem saber o que é certo ou o que é errado. Quem então influencia, ou é o modelo para essa criança? Todos que passarem pela vida dela, especialmente nos anos iniciais quando ela vai construindo a si própria como pessoa. Vale a pena refletir sobre isso…

Quanto aos jogadores, eles talvez nem tenham ideia da responsabilidade que eles também têm em serem modelos, em influenciar tantas crianças e até mesmo adultos. Atitudes, gestos e palavras podem transformar as vidas de muitas crianças para sempre.

Com tanto carinho recebido pelas pessoas, o mínimo que os jogadores podem fazer é retribuir com bom exemplo de cidadania e contribuição para um mundo melhor, um lugar melhor, principalmente onde ele nasceu. Não adianta também o cara que nasceu e cresceu num lugar, recebeu o apoio e carinho de tanta gente quando chega ao estrelado, mal dá as caras na cidade, quando vem tira uma foto com autoridades para mostrar presença e vai investir em outra cidade. Não apresenta um projeto social para as crianças que tanto o admiram e não tem coragem de gastar uma hora que seja batendo uma bolinha com elas. Esse tipo entre na categoria das influências que não devemos ter, dos modelos que não devemos seguir, categoria que abrange, além de muitos jogadores, alguns pais e mães, certos amigos que todos temos e também uns poucos professores que passam pela vida da criança… Ainda bem que são e continuarão sendo a minoria.

No mais, vai Brasil…a Copa continua!(?)

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