Música em família


Publicado em 13 de fevereiro de 2015

Gosto muito dessas histórias em que famílias inteiras têm um dom em comum. Aqui mesmo em Iracemápolis admiro o exemplo da família Corrêa, do meu amigo João Corrêa — ou “João Batista”, o seu nome artístico. Quem o conhece sabe que ele é apaixonado por música sertaneja e que, aos 58 anos, toca violão e canta por toda a região. O tempo de estrada já lhe rendeu a gravação de um disco chamado “João Batista e Valdinei”.

Mas o que nem todos sabem é que João, com seu jeitão simples, acabou influenciando outros a trilhar o caminho da música. Todos, é claro, já gostavam do ramo, mas foi ao vê-lo tocar sua viola que se interessaram em aprender. Foi assim com os irmãos José Luiz e Narciso, com a mãe, Dona Cassilda, e com a tia, Dona Terezinha.

No caso de Narciso, a história vai além. Ele tem 41 anos e, como baterista, acompanhava os irmãos Pep e Pup em lanchonetes, ainda nos anos 90. A dupla cresceu, mudou o nome para Edson e Hudson e alcançou grande sucesso. Narciso está com a dupla até hoje e faz shows por todo o país. Foi ele que ajudou Dona Cassilda, de 76 anos, e Terezinha, de 78, a gravarem um disco de moda de viola. Elas são as “Irmãs Moraes”.

Outro da família que a vida inteira mexeu com música é o “Zé Luiz”, como todos o chamam. Hoje, aos 52 anos, canta e toca viola muito bem. Fez parte de várias duplas e também já gravou um disco: Zé Luiz e William.

O legal nisso tudo é que todos eles, sem exceção, são gente boa demais. Trocar um dedo de prosa com o João, por exemplo, é sempre um barato. E se é verdade o ditado de que música está no sangue, está aí uma família que é a prova concreta disso

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