“O SUS pode ter o mesmo nível que qualquer plano de saúde”, afirma João Renato

João Renato Alves Pereira, atual secretário de Saúde de Iracemápolis, fala com exclusividade à Gazeta


Publicado em 3 de julho de 2015
Secretário fala sobre os desafios do setor (Foto: Secretaria M. da Saúde)

Secretário fala sobre os desafios do setor (Foto: Secretaria M. da Saúde)

Como gestor da Saúde de Iracemápolis, fale sobre os desafios do setor.

O maior desafio é a qualidade contínua em cada detalhe que compõe o todo, que é o SUS. É provar que o SUS pode ter o mesmo nível que qualquer plano de saúde, e ainda pode e deve ser melhor. Eu trabalho com uma equipe brilhante, dinâmica e competente, que também acredita no SUS, e tenho buscado parceria com os planos de saúde que tem dado resultado positivo. Temos bom relacionamento com os parceiros, com o DRS de Piracicaba, com a Santa Casa de Limeira e com as cidades da região. Destaco o apoio do prefeito Valmir e de todas as áreas da Prefeitura, da Câmara e da sociedade civil. Nossa filosofia de trabalho é uma linha administrativa compartilhada, em sintonia com o Conselho Municipal de Saúde.

Podemos dizer que o setor de Saúde está melhorando?

A saúde pública é bem complexa, dinâmica, organizada, abrangente e técnica. Não permite lugar ao amadorismo e nem clientelismo por clientelismo. É uma questão de cidadania. A saúde evoluiu muito nos últimos tempos e continua evoluindo. Eu tiro o chapéu para a equipe de saúde e me sinto privilegiado e realizado por liderá-la.

Qual é a prioridade do governo, em termos de Saúde, em Iracemápolis?

É ampliar os serviços da área, com qualidade, razão, coração, humanismo. E cumprir as metas do SUS fixadas pelo Ministério da Saúde e Secretaria Estadual, e as metas da administração municipal. No segundo semestre, está programado a inauguração de uma unidade básica de saúde no Jd. Aquárius, além da implantação do SAMU, que aguarda a liberação da ambulância por parte do Ministério da Saúde.

Como está o quadro da epidemia de dengue na cidade?

A epidemia nos deu grandes lições, que incorporamos didaticamente na rede municipal. Foi um desafio coletivo que vencemos. Apesar dos 600 casos, não houve óbito, pois houve uma resposta rápida da Prefeitura, dos segmentos da sociedade e de assistência à saúde, dos profissionais do município que atuaram tecnicamente. O envolvimento das diversas áreas da Prefeitura e da sociedade fez a diferença, pois não havendo vacina, a metodologia é o envolvimento.

Como o senhor avalia o atendimento no Pronto Socorro?

O Pronto Socorro, nas pesquisas de satisfação com os usuários, tem tido uma performance excelente. Esperávamos um resultado menor e mais acanhado, e para a nossa satisfação o resultado é altamente positivo. Foram realizadas melhorias e outras virão. Estamos atentos com toda a rede. Como gestor, temos que estar atentos a tudo que diz respeito à saúde. E o êxito eu compartilho com todos, pois ninguém toca a saúde pública sozinho, é uma construção coletiva. Nós damos o exemplo: no gabinete do secretário, trabalhamos em equipe, partilhamos o mesmo espaço, informações e decisões.

Como funciona a Ouvidoria da Saúde?

É um instrumento de gestão e cidadania muito bem conduzido por Eliane Raetano. Funciona na Rua Cesarino Borba, 486, Centro, ou pelos telefones 3456 3867 e 3456 3555.

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