A oração
Publicado em 5 de dezembro de 2014
“Montado em seu cavalo, um rico fazendeiro dirigia-se à cidade como fazia frequentemente, a fim de cuidar de seus negócios.
Nunca prestara atenção àquela casa humilde, quase escondida no desvio da estrada e, naquele dia, experimentou a insistente curiosidade.
– Quem será que mora aí?
Cedendo ao impulso, aproximou-se, contornou a residência e, sem desmontar, olhou por uma janela aberta e viu uma garotinha de aproximadamente dez anos, ajoelhada, mãos postas, olhos lacrimejantes.
Ele então pergunta: – Que está fazendo menina?
– Estou orando a Deus pedindo socorro! Meu pai morreu, minha mãe está muito doente e meus quatro irmãos estão com fome.
– Que bobagem, o céu não ajuda ninguém, está muito distante. Temos que nos virar sozinhos, Deus não se importa.
Embora irreverente e um tanto rude, aquele era um homem compassivo, tirou do bolso uma boa soma de dinheiro e entregou à menina.
– Aí está! Vá comprar comida para os irmãos e remédio para sua mãe, esqueça a oração.
Isto feito, retornou à estrada.
Antes de completar duzentos metros, decidiu verificar se sua orientação estava sendo observada, mas, para a sua surpresa, a menina continuava de joelhos.
– Menina!! Por que não vai fazer como falei? Não lhe expliquei que não adianta pedir nada à Deus?
Então, a menina feliz respondeu: – Eu não estou pedindo, não senhor! Estou apenas agradecendo! Deus me enviou você!”
A esperança no Senhor soberano, criador de todas as coisas, a fé no pai que se importa e aguarda ser invocado, redunde sempre, infalivelmente, em resposta.