Paz eleições
Publicado em 25 de outubro de 2014
Ai meu Deus, lá vêm eles de novo! Lá vêm eles de novo! Leitores (as) a coisa ficou tão absurda que não deu outra, virou motivo de chacota e protesto pelo bem comum. As brigas e desavenças políticas alimentadas essencialmente nas redes sociais, por fanáticos e pessoas desprovidas de bom senso, foram sentidas de tal forma pela sociedade a ponto de criar uma onda do “deixa pra lá” ou “deixa disso”.
Como dizem alguns, “segundona”, “pós eleições”, todo mundo pega no batente.
Não se trata de abandonar suas ideologias, ou sua visão de mundo. Trata-se sim de refletir com seus próprios botões e aprender que suas ideias não necessariamente tem que ser iguais ao do vizinho. E se há divergências, essas devem ser discutidas em alto nível, no campo das ideias. Esse olhar quase fundamentalista de ódio pelo outro, deve ser abolido da sociedade definitivamente.
Na segunda-feira passada, 20, o programa veiculado na Rede Bandeirantes de televisão, o CQC, levou ao ar uma matéria onde o repórter lia aos cabos eleitorais de Dilma e Aécio os planos de governo invertidos. Para os defensores de Dilma lia o plano de governo de Aécio e vice versa. No final perguntava ao entrevistado o que achava? Todos, sem exceção, concordavam com o plano, demonstrando a grave falta de conhecimento daquilo que estão defendendo. Obviamente não posso generalizar, mas tenho plena convicção de que com a maioria das pessoas que se digladiam na internet por um ou outro candidato, essa é exatamente a situação.
Pior ainda são aqueles que ficam perguntando para quem você vai votar. A pergunta por si só já suscita certa imposição. Primeiro que o voto é secreto, segundo que ninguém, nessa questão, deve satisfação a ninguém, e ponto.
Tenho muitos amigos que divergem de minhas ideias. O que não podemos é cair nessa visão “religiosa” de que se você é de um lado ou de outro está fadado ao fogo do inferno, se torna uma pessoa ruim. Conheço muita gente boa filiada ao PT, e o mesmo serve para o PSDB, para ficar nessa polarização que vemos hoje. Deve ser dito também que os próprios candidatos e seus partidos muito contribuem para essa divisão nefasta, com seus ataques mútuos. Fico impressionado com a imprensa que também se mostra conivente com tal fato. Poderia ela, por exemplo, nos debates, obrigar a discussão dos projetos e inibir os ataques.
Domingo decidiremos quem será o próximo presidente. A escolha deve ser respeitada por mais que você tenha votado no outro candidato. Democracia é isso, simples assim, ganha a maioria. Intolerância é horrível. O país é um só, o Brasil é de todos. Que tenhamos uma eleição em paz!