Perto de inaugurar fábrica, GWM recebe homologação do Programa Mover

Com foco na engenharia nacional, a marca pretende lançar seu centro de inovação, engenharia e homologação até o fim deste ano


Publicado em 31 de agosto de 2024

foto gwm

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) homologa o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), nova política industrial brasileira voltada para a sustentabilidade e inovação na indústria automotiva. Com isso, marcas como a GWM poderão acelerar sua estratégia de nacionalização e ampliar a operação no Brasil.

Por aqui, a chinesa começará as atividades com o Haval H6 até o fim de 2024, na fábrica de Iracemápolis (SP), inicialmente em regime de pré-produção, para testar e ajustar os novos equipamentos da linha de montagem e verificar os processos de manufatura e de controle de qualidade. Já em 2025, terá início a produção em série do modelo.

“Com a homologação será possível transferir gradualmente todos os processos produtivos, atualmente realizados na China, para nossa fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo”, comemora Marcio Alfonso, diretor de engenharia, pesquisa, desenvolvimento e inovação da GWM Brasil.

Atualmente, a fábrica está em processo de modernização e expansão, que ampliará sua capacidade de produção de 20 mil para 50 mil veículos por ano, chegando a 100 mil unidades ao longo dos próximos anos. Paralelamente, a montadora intensifica o contato com fornecedoras de peças e de tecnologias para parcerias locais, visando apoio técnico e redução nos custos de fabricação e de logística.

A fábrica de Iracemápolis começará com a produção do monobloco, soldagem, tratamento superficial, pintura, montagem final e testes, montagem de chassis, freios, eixos e sistemas elétricos. No futuro, a meta é avançar para a montagem de componentes de maior valor agregado, chegando ao final do ciclo com a possibilidade de montagem das baterias de lítio, consolidando ainda mais a presença da GWM no mercado brasileiro.

Especialistas estimam que a demanda anual global por baterias de lítio para veículos híbridos e elétricos deve ser de 20 a 30 milhões de unidades até 2030. “Estamos nos aproximando de institutos de pesquisa para tentar viabilizar o desenvolvimento de soluções que permitam trazer as tecnologias da GWM para o Brasil”, aponta Alfonso.

Como parte de seu compromisso com a nacionalização, a GWM já desenvolveu uma lista de mais de 100 componentes para serem produzidos localmente. O objetivo é alcançar uma taxa de nacionalização superior a 60%, o que permitirá à montadora iniciar a exportação de veículos para a América do Sul. Fonte: diariodopoder.com.br.

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