Pesquisador de Iracemápolis desenvolve tecnologias para agricultores
Publicado em 17 de julho de 2015
O engenheiro agrônomo Mateus Marrafon, de Iracemápolis, criou uma tira de fibras de celulose que contém a quantidade certa de sementes, já dispostas com o afastamento adequado. Com isso, o agricultor precisa apenas enterrar a fita no solo.
Depois, criou a semeadora que planta a fita no solo e faz o processo de adubação, o que melhora o processo para os pequenos agricultores.
Agora, Marrafon está testando as soluções no Brasil e em Cabo Verde, na África. Assim, seu trabalho tem ganhado destaque.“O objetivo não é só as novas tecnologias, mas conhecimento, que pode ser transformado em qualidade de vida”, diz o pesquisador. Segundo ele, é preciso produzir mais com menos insumos e menos agressão ao meio ambiente.
“O Brasil tem papel importante no fornecimento mundial de alimentos, mas também precisa ocupar esse posto em pesquisas e conhecimento”, defende.
De acordo com Marrafon, para o pequeno produtor, o posicionamento das sementes no plantio é capaz de determinar a produtividade do terreno. Próximas demais, elas germinam competindo entre si por alimento.
“Os pequenos agricultores plantam do jeito que seus avós sempre plantaram e dificilmente têm um agrônomo para ajudar e regular a máquina. Com a fita, ele planta a melhor quantidade de sementes para a área que tem”, diz.
Para chegar à fase de testes, Marrafon investiu quase três anos de pesquisa.
Currículo
Mateus atua como professor no Centro Universitário Moura Lacerda, em Ribeirão Preto, e é pesquisador do Instituto Kairós, em Itu.