Pouca água na torneira


Publicado em 4 de fevereiro de 2022

É recorrente a reclamação dos moradores de Iracemápolis sobre a pressão da água na torneira. O trabalhador retorna para casa após um dia cansativo de serviço e, ao ir tomar banho, não há líquido a contento. Como agravante, estamos em racionamento.

Não é de hoje que se discute a água em Iracemápolis. Mais críticos, os moradores também estão mais atentos a outras questões correlatas, como a qualidade dos serviços para garantir o mínimo em tratamento de esgoto, limpeza urbana, recolhimento do lixo doméstico e drenagem de águas pluviais.

A questão municipal se depara com outro fator, esse federal: recentemente, o Congresso Nacional aprovou o novo marco regulatório do setor, que exige ações de todas as cidades para melhorar a oferta de serviços básicos. Afinal, é comprovado que, para cada real investido em saneamento, se economiza em outras áreas, como a da saúde.

Bom saneamento é sinônimo de qualidade de vida e prevenção de doenças, mas isso não vem de graça. Em Iracemápolis, os dois últimos prefeitos fizeram estudos para verificar a possibilidade da concessão do SAE. Em 2016, na gestão de Valmir Almeida, um estudo foi feito com a Odebrecht, que calculou ser preciso investir R$ 79 milhões nas próximas décadas. Em 2017, Fábio Zuza contratou novo estudo: com a Sabesp, avaliou-se um investimento de R$ 25 milhões para 30 anos. Mas nenhum dos estudos técnicos saiu do papel, sobretudo pela polêmica que causaram e o receio da conta de água subir.

Vale mencionar que o Plano Municipal de Saneamento, ótima iniciativa do ex-prefeito Valmir, já previa em 2013 – há quase 10 anos! – a necessidade de investir R$ 28 milhões para resolver questões de água e esgoto.

Estamos em 2022 e o assunto segue não resolvido. Na campanha eleitoral, a hoje prefeita Nelita Michel disse ter o apoio do deputado Miguel Lombardi para conseguir o dinheiro necessário e resolver esse assunto. A população confia e aguarda.

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