PROATIVO X PRECIPITADO OS RESULTADOS DEFINEM QUEM É O QUE.
Publicado em 20 de setembro de 2014
A proatividade é uma competência comportamental muito citada nos anúncios de emprego de todos os níveis. Desde as vagas de estagiários até o mais alto nível executivo anunciado nas revistas e cadernos especializados, lá está a tão aclamada proatividade acompanhada de seus inseparáveis complementos como, raciocínio rápido, visão sistêmica, discernimento, iniciativa entre outras variações do mesmo tema.
Contudo, não se pode confundir proatividade com precipitação. A diferença fundamental entre a ação dos dois perfis está no resultado obtido.
O proativo é rápido nas ações e soluções de problemas porque reúne os atributos necessários para a análise da situação e o conhecimento adequado para tomar decisões, com isso minimiza os riscos que podem advir das suas ações, mas não se exime da sua responsabilidade final.
O precipitado peca pela ansiedade, ele não tem controle emocional para isentar-se do problema analisá-lo de forma fria e racional. Para as pessoas com esse perfil a velocidade na tomada de decisão está diretamente ligada à percepção de eficiência e qualidade. O coitado vive trocando os pés pelas mãos, fazendo bobagem e pedindo desculpas, apesar de toda sua boa vontade.
A precipitação pode estar presente em pessoas de personalidade fraca – os inseguros – ou naqueles de má índole mesmo e aí tudo fica mais difícil. Esses, diferentemente do padrão citado acima, jamais pedem desculpas. Para eles, se o resultado não foi o esperado, o problema é sempre de terceiros e nessa hora é comum ele bravejar… “da próxima vez não faço nada…” ou fazer-se de vítima… “nunca sou reconhecido pelo que faço, mas sempre repreendido pelo que dá errado…”.
Chega a dar pena, não é? Mas acontece que quando não se assume a responsabilidade pelos resultados é pouco provável que ocorra o amadurecimento do comportamento e a aquisição dos conhecimentos esperados, afinal, desenvolvimento depende primordialmente do autoconhecimento.
Sobre este assunto recebi uma mensagem de uma amiga perguntando minha opinião a respeito e sugerindo que eu escrevesse algo sobre “a combinação perigosa entre iniciativa e incompetência”. Bem, eu acho que a comparação entre o proativo e precipitado ilustra bem minha opinião a respeito, mas cabe um complemento sobre a questão dela.
Eu jamais pensei na iniciativa como uma característica indesejada – e acho que ela também não – contudo, é muito importante que os líderes ou gestores das áreas mantenham a atenção na sua equipe e cuide da capacitação e do empowerment de cada individuo, respeitando os tempos e características de cada um, dentro do limite razoável, é claro.
Quando isso não acontece, a falta de capacitação tende ser confundida com incompetência e a iniciativa – ou proatividade – tão desejada na maioria dos profissionais pode ser inibida a ponto de nunca mais se manifestar.
No final, essa história nunca tem um vencedor, mas pode ter vários derrotados. O primeiro e mais provável é o funcionário ansioso e precipitado que é tachado de incompetente, depois os colegas intolerantes que recusam – ou não percebem – a oportunidade de auxilia-lo em seu desenvolvimento e, o maior de todos os derrotados, o líder que, por não assumir seu importante papel de desenvolvedor de pessoas e de equipes, acaba perdendo potenciais individuais e destruindo a capacidade do grupo de trabalhar em equipe.
Um grande e, às vezes, irreparável prejuízo para todos os envolvidos. Fonte: Luiz Eduardo Neves Loureiro
Colaboração: Wilson Aparecido da Silva – Consultor de Recursos Humanos, Contador e Proprietário do Escritorio S A Assessoria e Consultoria Empresarial.
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