Que amor é esse?


Publicado em 28 de março de 2014

Conversas com alunos, professores, irmãos de fé de diversos cantos dessa cidade linda me fazem atentar para uma realidade triste, as ausências.

São os buracos que vamos deixando no coração de quem deveríamos amar por uma simples decisão, isso mesmo, uma decisão de amar.

Porque deveríamos decidir assim? Porque a vida seria vida de fato, com sentido, saúde, alegria e paz.
As famílias estão vivenciando lacunas que são resultado do egoísmo que se agiganta nas relações interpessoais, cada um no seu computador, na sua TV, no seu celular, cada um por si só.

Alguns vão repetindo erros que foram cometidos por seus antepassados de geração em geração, são palavras malditas, exigências hipócritas (se requer o que se não é), abandono, dureza de coração.

Uma mãe me disse esses dias: ‘eu desisto dele’ referindo-se a seu filho, que ouvia nossa conversa.

Uma palavra me ocorre, ‘compaixão’, a dor que se nos dá o sofrimento do outro.

Que amor é esse que não se importa, não se compadece, não sofre junto, não vê?

Uma psicóloga americana perguntou a dez pais se eles amavam seus filhos e todos responderam que sim, com certeza.

Sem que os filhos soubessem da pergunta feita aos pais, ela os questionou se sentiam-se amados por estes. A maioria deles disse que não, meus pais não me amam.

As crianças tinham que responder porque sentiam dessa maneira, alguns disseram que eram cuidados por terceiros, outros disseram que seus pais não tinham tempo, outros que esses não se importavam e outros ainda mencionaram que as brigas eram demais.

Essa geração de pais e filhos, em sua maioria, é marcada por ausências: no afeto, na disciplina, no tempo de ouvir, no almoço, no jantar, no bom dia, no boa noite.

Seus filhos sabem que você os ama? Seus pais sabem que você os ama? O tempo passa rápido demais, cantamos na igreja ‘amanhã pode ser muito tarde’, verdade absoluta. Mas, que bom saber que dá tempo de recomeçar. Recomece hoje.

A sociedade carece de um cuidado que precisa necessariamente começar dentro de cada casa.

Boa semana Iracemápolis!

Deixe uma resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.