Região de Piracicaba ganha destaque em projeto da Rota da Cana em tramitação na Alesp

A região de Piracicaba está no centro das discussões sobre a criação da Rota da Cana, proposta que tramita na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O projeto inclui municípios que formam um dos mais tradicionais polos canavieiros paulistas, com Piracicaba figurando como referência histórica, econômica e cultural dentro desse conjunto.

A proposta reconhece o papel decisivo da região no desenvolvimento da cadeia sucroenergética do Estado. Piracicaba, Limeira, Santa Bárbara d’Oeste, Rio Claro, Cordeirópolis e Iracemápolis compõem um eixo marcado pela presença de usinas, propriedades rurais centenárias, festas tradicionais, museus e instituições de pesquisa que ajudaram a moldar a identidade local. A Rodovia do Açúcar também reforça essa ligação histórica com o cultivo da cana-de-açúcar.

Com a criação da rota, o objetivo é transformar esse patrimônio em um produto turístico estruturado, capaz de atrair visitantes interessados em turismo rural, gastronomia típica, história do açúcar e experiências ligadas ao campo. Pela relevância histórica e cultural, a região de Piracicaba tende a ocupar posição de destaque no percurso.

O projeto está em fase de análise nas comissões da Alesp e aguarda parecer para seguir à votação em plenário. Caso seja aprovado, a Rota da Cana poderá consolidar a região como um dos principais destinos do turismo rural e cultural do Estado de São Paulo.

No último dia 11, a Rota da Cana foi tema da Tribuna Popular na Câmara Municipal, com a participação da deputada estadual Professora Bebel (PT) e de Antônio Martinho Marchiori, diretor de escola em Iracemápolis. Na ocasião, ambos apresentaram e defenderam o Projeto de Lei nº 1106/2025, que institui a rota.

“A Rota da Cana é muito mais do que um percurso histórico ou cultural. Ela representa um elo entre o campo e a cidade, conectando a produção canavieira regional ao desenvolvimento econômico e social de Piracicaba e de toda a região. Ao longo desse trajeto, encontramos não apenas usinas e plantações, mas também festas tradicionais, escolas, centros culturais e iniciativas comunitárias que transformam a cana-de-açúcar em símbolo de identidade e prosperidade”, afirmou Marchiori.

Ele destacou ainda que, desde 1974, a Escola Cesarino Borba realiza a tradicional Festa do Caldo de Cana, lembrando que essa e outras celebrações podem ser incorporadas à rota. “Não estamos falando apenas de uma rota, mas de história, cultura e pertencimento”, completou.

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