Sem solução (?)

Uma das notícias que mais ganhou repercussão na última semana foi sobre a adolescente, de 16 anos, que foi assediada em uma tarde de sexta-feira na Praça da Matriz. Com razão, populares perguntam o que será feito em relação a algumas pessoas que passam o dia no local e causam esse tipo de constrangimento. Alguns, causam mais que constrangimento, cometem crimes, que é o que ocorreu com a jovem que só não foi ‘agarrada’ porque a mãe interviu e chamou a Guarda Municipal, que chegou rápido.

Esses problemas não são novos. Muitas vezes já foram registradas queixas. Muitas vezes a Polícia Militar ou GM abordou indivíduos que causavam desconforto no local. No entanto, o espaço é público e, de fato, ninguém pode impedir ninguém de ficar ali. A PM e GM só podem abordar diretamente essas pessoas quando cometem algum ato ou crime e são denunciadas.

No entanto, se essas pessoas se sentem livres o suficiente para tentar abusar de uma adolescente em plena luz do dia é porque a sensação que têm é que não há vigilância. Como a praça é um patrimônio público municipal, manter a ordem nela cabe à GM.

A pergunta que fica é porque não há um agente neste local, todos os dias, para, no mínimo, inibir as ações desse grupo? Sabemos que há muita gente de bem que usa o espaço, mas está mais do que claro que também há muitos ‘malandros’ mal intencionados por lá. É preciso lembrar que essa também é área de bancos e comércio.

Para que o município possa manter um agente da GM em prontidão para evitar o desconforto, e não apenas agir quando a situação já ocorreu, é preciso investimento. São muitos os elogios, merecidos, à essa equipe. Porém, com uma cidade em crescimento, é preciso também investir no crescimento dessa equipe. Contratar mais guardas e, sem dúvida, dar o devido valor aos que já fazem o seu trabalho de forma correta com melhores remunerações e cuidado. O caso da Praça já ficou antigo e será mesmo que não tem solução? Só nos resta a pergunta.