Ser feliz agora

Em alguns momentos nostálgicos ficamos pensando no que passou, imaginando como seria nossa vida se algumas escolhas definitivas não tivessem sido feitas ou o que seria de nós se não tivéssemos encontrado pessoas que nos foram determinantes.

Na infância, muitos de nós queríamos crescer logo imaginando que a felicidade estaria nos aguardando toda pronta e bem vestida na vida adulta, brincávamos de casinha onde imitávamos os adultos de nossas vidas, os admirando, querendo logo ser como eles.

Já na adolescência, quantos complexos meu Deus! Pelo menos para mim, todos eram melhores, mais bonitos, mais inteligentes. Pensávamos: “Ah! Meus dezoito anos não chegam nunca…”, uma verdadeira ânsia de crescer, ser independente.

Então começam as responsabilidades da juventude, trabalhar, estudar, dormir tarde, acordar cedo. Começamos já desejar o fim de semana com outra intensidade. Nos casamos, temos filhos e vamos envelhecendo.

Um dia olhamos no espelho e lá está nosso primeiro fio de cabelo branco, ai meu Deus! Constatamos que realmente aquele rosto refletido já não é o mesmo.

E começam as saudades, saudade de quem já se foi, da infância, de tantas coisas.
Parafraseando Fernando Pessoa, sentimos: “Fui feliz outrora agora.”

Ou seja, não soube valorizar o tempo presente e agora já passado percebo que tinha tantas coisas boas que não tenho mais. Reconheço hoje a felicidade de ontem, não percebida então.

Não nos seria mais conveniente ser feliz hoje valorizando o bem que esse hoje nos traz?
Porque de certo, prestando mais atenção você encontrará motivos para ser feliz no agora, hoje, com o que ele te traz.
Boa semana!