TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade


Publicado em 24 de janeiro de 2014

Segundo a Associação Brasileira de Déficit de atenção, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).

Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos. A origem do TDAH ocorre a partir de alterações na região frontal do cérebro, responsável pela inibição de comportamentos inadequados.

O diagnóstico da hiperatividade é difícil e complexo, pois não existe nenhum teste diagnóstico absoluto para a hiperatividade; é preciso uma cuidadosa coleção de informações das mais variadas fontes (pais, professores) através dos mais variados instrumentos (questionários, entrevistas e testes), considerando o nível de atenção, da atividade e da impulsividade através do comportamento em ambientes qual está inserida – escola, família, pela socialização feita à criança pelo ambiente em que vive.

Alunos agitados ou desatentos sempre causam preocupação. Antes de atribuir a eles algum tipo de perturbação, contudo, é preciso observá-los atentamente. Existe hoje uma tendência pelo diagnóstico do Transtorno do Déficit de Atenção (TDA). Mas nem sempre o comportamento que destaca o aluno do grupo está relacionado ao distúrbio. Há uma série de componentes sociais que também levam a criança a manifestar-se de modo não-convencional. Por isso, informar-se sobre o assunto e conversar com os pais são os primeiros passos na busca de um encaminhamento para a questão.

O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:

1) Desatenção;
2) Hiperatividade-impulsividade

O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “vivendo no mundo da lua” e geralmente não param quietas por muito tempo. Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.

Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos; têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta.

Portanto, é preciso estar atento a alguns sintomas:

A pessoa comete erros por puro descuido, não presta muita atenção nos detalhes, negligencia nos deveres escolares, no trabalho ou em outras atividades;

Mostra dificuldade em atividades que exijam uma atenção prolongada, tal como nas tarefas ou nos jogos;

Mostra dificuldade em manter a atenção com a fala das outras pessoas, parece não escutar o que lhe falam;

A pessoa é pouco persistente, não completa tarefa, não obedece às instruções passo a passo e não completa deveres, ou tarefas no trabalho, por impaciência ou falta de persistência;

Apresenta um estilo de vida desorganizado;

Costumeiramente perde objetos ou pertences, como chaves, canetas, óculos, etc;

Qualquer estímulo desvia sua atenção do que está fazendo, evita e se mostra relutante a envolver-se em tarefas que exigem um esforço mental prolongado, tais como deveres escolares ou trabalhos de casa;

Muda frequentemente de uma atividade para outra, quase sempre sem completar a anterior;

Vive frequentemente atrasada;

Sofre a ocorrência de “brancos” durante uma leitura, conversa, palestras, por exemplo.

Atualmente as terapias que apresentam melhores resultados no tratamento de TDAH são as alternativas farmacológicas, a psicoterapia e a medicina comportamental, os treinos de autoinstrução e a orientação de especialistas da área para pais e professores.

 

por Viviane Cristina Denardi

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