A tragédia que nos parou nesta semana
Publicado em 15 de agosto de 2014
A morte de Eduardo Campos, candidato à presidência da República, foi, sem dúvida, o assunto mais falado nesta semana e comoveu todo o país. Em meio a tantos questionamentos e lamentos, ainda houve quem estivesse mais preocupado em definir um novo nome para a legenda.
Surgiram ainda diversas teorias conspiratórias que, sem pestanejar, apontavam possíveis responsáveis pela tragédia que também ocasionou a morte da equipe do presidenciável que estava à bordo do avião.
Campos foi um economista e político brasileiro, ex-governador de Pernambuco, presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Neto do também político Miguel Arraes de Alencar, Eduardo desde cedo conviveu com nomes da política local e nacional. Chegou a ser considerado, na política, o filho adotivo de Lula.
Campos também era pai de cinco filhos, o mais novo, nascido em janeiro deste ano, marido, filho e irmão. Não foi apenas a trágica morte que chamou a atenção, mas também a frieza diante de tantos que, no mesmo dia do anúncio, já se questionavam quem assumiria seu lugar.
A candidata a vice pela legenda, Marina Silva, parece ser a mais cotada, mas ela mesmo não se posicionou como política, mas como um ser humano que se compadece da dor do outro. O irmão, ressaltou que Campos morreu fazendo o que acreditava, lutando para construir um país melhor.
Outro nome, em breve, assumirá a legenda, o partido. Mas, com certeza, o lugar de pai, de amigo ou filho, outro não poderá assumir. É preciso olhar para o que de fato importa e tragédias como esta servem para lembrar que, há coisas que fogem do controle. Que a morte não espera nossos projetos, sejam eles de se tornar presidente, ter mais tempo com a família ou pintar o portão. Ela chega para todos, sem aviso.